O presente texto tem como objetivo explicitar a inter-relação entre o Pibid e o surgimento do Programa Residência Pedagógica, no contexto das políticas de formação de professoras(es) nas duas primeiras décadas desse século. Estudo de abordagem qualitativa recorrendo à observação documental e aproximações à técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (Lefèvre; Lefèvre, 2005), por meio da análise de informativos do Forpibid. A análise demonstra que o movimento social teve ciclos que se adequaram às demandas da base às possibilidades de enfrentamento, as quais evoluíram no direcionamento das lutas, travando embates e conquistas no todo, ou parte, do que reivindicavam, a manutenção do Pibid. A continuidade foi marcada pela coexistência do Pibid com o Residência Pedagógica, dividindo seu desenho pedagógico, embora tenham sido observadas algumas medidas específicas que trouxeram significativos tensionamentos à época de sua implantação, a exemplo da vinculação com a BNCC. Foi notório o crescente da articulação política nas defesas que impactaram nos processos de iniciação à docência e a formação de professoras(es). Retomar as condições de financiamento e realinhar as intenções das políticas educacionais pré-golpe se inscrevem como avanços imediatos, como retomada de ações que deram potência aos feitos e que permitiram resistir aos desmontes vivenciados.