“…A obra de Christophe Dejours (2007Dejours ( , 2011Dejours ( , 2015Dejours ( , 2017 ocupa, no Brasil, um lugar histórico central (Dejours, Abdoucheli, & Jayet, 1994). Sua perspectiva da Psicodinâmica do Trabalho, de fato, dará grande fôlego às pesquisas brasileiras sobre Psicologia do Trabalho a partir dos anos 1990 (Aerosa, 2019;Bendassolli & Borges-Andrade, 2015;Bendassolli e Soboll, 2010/2021Betiol & Tonelli, 2002;Cicero, Cardoso, & Klipan, 2019;Lima, 1998;Sznelwar, Uchida, & Lancman, 2011) A abordagem adotada por essa disciplina permitiu ultrapassar uma visão reducionista que responsabilizava apenas o indivíduo pelas consequências do trabalho sobre sua saúde e buscar vivências operárias específicas, que se inscrevem em realidades concretas de trabalho, como, por exemplo, o papel da inteligência operária e sua função como mecanismo de defesa e na construção de identidade no trabalho. (Merlo & Mendes, 2009, p. 143) Em virtude de seu lastro ancorado na prática, essa abordagem exercerá, igualmente, uma notável influência sobre as Ciências Administrativas por parte de pesquisadores e pesquisadoras interessados na relação entre Psicologia e organização (Fachin & Cavedon, 2003;Freitas, 2008a;Freitas & Motta, 2000;Vergara, 2006), também por meio do capítulo que o referido autor redigira em minha principal obra (Dejours, 1996).…”