Considerando o inglês como um idioma que tem assumido um papel cada vez mais importante no mundo globalizado em que vivemos, faz-se necessário avaliar de que forma essa língua tem sido vista e, consequentemente, ensinada nas escolas. Desse modo, o presente artigo analisa pontos de vista de alunos e professores sobre a língua inglesa, bem como implicações didático-metodológicas do ensino da língua em sala de aula, com base em entrevistas não dirigidas semiestruturadas com professores de inglês e com alunos do terceiro ano do ensino médio de duas escolas públicas estaduais do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, Brasil. Os resultados apontam que a língua inglesa tem sido vista como uma língua franca global, possível de ser utilizada em diferentes contextos comunicativos como língua adicional, trazendo muitos benefícios aos falantes e, por conseguinte, fazendo com que o interesse por sua aprendizagem aumente. No entanto, constatou-se que a metodologia adotada nas escolas não proporciona o desenvolvimento das habilidades necessárias para que esse idioma seja colocado em uso, sendo esse um fator preponderante para a desmotivação dos estudantes, que não veem razão para estudar regras gramaticais de forma descontextualizada e repetitiva. Sinaliza -se, portanto, que o ensino de inglês na escola precisa estar voltado para o desenvolvimento de projetos baseados em tarefas que busquem proporcionar aos estudantes situações reais de uso da língua, através das quais seja possível o desenvolvimento de uma competência linguística voltada para o princípio da inteligibilidade.