Objetivo: Durante a internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), muitos pacientes desenvolvem fraqueza muscular generalizada, prejudicando a funcionalidade. O objetivo do estudo foi avaliar o impacto do processo de internação na independência funcional de pacientes internados em UTI. Métodos: Estudo longitudinal prospectivo, realizado no período de junho a setembro de 2014, em um hospital público. Incluiu-se patientes que permaneceram mais que 48 horas em ventilação mecânica. Foi avaliada a independência funcional por meio do índice de Barthel no momento da alta da UTI, 30, 60 e 90 dias após esse período. Resultados: Foram incluídos 25 pacientes no estudo, com média de idade de 53 ±18,4 anos. Encontrou-se um declínio significativo da capacidade funcional imediatamente após a alta do setor (p < 0,05), e nos 30 dias consecutivos (p < 0,05) avaliados pelo índice de Barthel. A locomoção e a capacidade de subir e descer escadas permaneceram alteradas mesmo após 90 dias da alta da UTI (ambas p < 0,05). As atividades rotineiras, vestir, uso do banheiro e transferência retornaram ao valor basal após 60 dias. Conclusão: O processo de internação em UTI traz prejuízos funcionais aos indivíduos após a alta da UTI, podendo persistir em até 90 dias pós-alta.Palavras-chave: fisioterapia, atividades cotidianas, terapia intensiva, ventilação mecânica.