O éter e a óptica dos corpos em movimento: a teoria de Fresnel e as tentativas de detecção do movimento da Terra, antes dos experimentos de Michelson e Morley (1818-1880)

Abstract

Resumo No ensino e na divulgação da teoria da relatividade é comum apresentar-se o experimento de

O deslocamento do comprimento de onda segundo a conservação da energia mecânica do fóton, em energia cinética rotacional, frente aos resultados e expectativas teóricas com interferômetros de Michelson na literatura

“…As análises através de interferometros ganharam evidência com o surgimento da Teoria da Relatividade de Albert Einstein, pois em acordo com Martins [12], além de inumeros outros estudos para verificar a velocidade da Terra através do Éter, fora os estudos realizados por Michelson e Morley em 1887 com intereferêmetro que históricamente descartaram a existencia do Éter, legitimando o segundo postulado da Relatividade de Einstein que afirma que a velocidade da luz é constante em diferentes referenciais no vácuo [6]. Embora da mesma forma que Michelson e Morley continuaram realizando novas medidas interferométricas e encontrado pequenas diferenças desperzíveis, a presunção da existencia do Éter ainda prevalece em determinados grupos de estudo como discutido na obra de Garcia [7], onde se questionam desde o plano de deslocamento do Éter em relação a superfície da Terra, por consequência, ao plano de alinhamento do interferômetro, além de tratar num contexto mais geral, sem o formalismo da Física, sobre as caracteristicas do Éter e sua dinâmica perpassando pela Gravitação e entre outras, pela Teoria da Relatividade.…”

Experimentos Históricos E O Ensino De Física: Agregando Reflexões a Partir Da Revisão Bibliográfica Da Área E Da História Cultural Da Ciência

“…Percebe-se, também, diferença em relação às propostas que enfocam o uso de experimentos históricos. Vale ressaltar que há uma concordância entre os pesquisadores da área de que propostas para o trabalho com experimentos (históricos ou não) que levem os estudantes a seguir passos de uma sequência pré-determinada, alcançando resultados preestabelecidos, pouco contribui para a formação desses estudantes (Araújo & Abib, 2003;Devons & Hartmann, 1970;Germano, Lima & Silva, 2012;Heering, 2000;Heering & Witje, Höttecke;2012;Kipnis, 1996).…”

“…O trabalho levanta diversas questões teóricas e implicações advindas dos resultados encontrados, a partir do trabalho experimental de Newton e que servem para problematizar a concepção de "método científico" presente em livros didáticos que e é, segundo os autores, amplamente carregada por professores e estudantes (Silva & Martins, 2003). Em Martins (2012), encontramos uma discussão sobre os experimentos de Michelson e Morley e outros anteriores a este, que buscavam detectar o movimento da Terra em relação ao éter. Nesse caso, o objetivo foi discutir as implicações desses experimentos e relacioná-los aos conceitos físicos que estavam sendo discutidos no período.…”

A ótica dos corpos em movimento sob a visão do realismo estrutural: questões não consensuais de natureza da ciência na formação de professores

“…Não raro em livros-texto, a história da proposição da relatividade e da eliminação do éter é resumida à realização e aos resultados dos experimentos de Michelson e Morley. Esta narrativa histórica é bastante contestada por ignorar tentativas de detecção do movimento da Terra antes desses experimentos (MARTINS, 2012). Além disso, recai-se em uma visão empírico-indutivista sobre o episódio em questão ao insinuar que houve um experimentus crucis que refutou, de uma só vez, as teorias do éter, o que não se sustenta mediante uma análise histórica um pouco mais rigorosa.…”

“…À época, tal posição também era referida como emissionista, e considerava que as partículas de luz eram formadas por diminutos corpos materiais sujeitos às leis de movimento de Newton. A segunda concepção defendia que a luz seria a manifestação de vibrações, ou ondulações em um fluido sutil que permearia todo o espaço e penetraria a matéria, o éter.No século XVIII, a maioria dos filósofos naturais, tanto britânicos quanto franceses, aceitavam e adotavam a teoria corpuscular(MARTINS, 2012;MOURA, 2016). Tal concepção sugerida por Newton em seu Óptica (1704-1730), concebia a luz como uma corrente contígua de corpúsculos materiais, e era a visão dominante em detrimento da teoria de pulsos luminosos sugerida por Christiaan Huygens em seu Tratado Sobre a Luz, de 1690 (BUCHWALD,…”