“…Se Turner se focava mais na forma dramática ou performativa das erupções sociais e culturais, concebendo-as de um modo discursivo, Fabian defendia que o conhecimento cultural está muito mais relacionado com a prática do que com o discurso, sendo apenas possível de ser compreendido, não através da narração, mas da sua encenação, defendendo assim uma etnografia com maior ênfase na participação, no conhecimento corporal e na experiência vivida, o que levou a que a ênfase de Turner nas metáforas do drama e do teatro perdessem um pouco a sua centralidade (Carlson, 2011). Este retorno ao «corpo» vir-se-ia também a destacar no trabalho de Eugénio Barba, um (Carlson, 2011). No entanto, a antropologia teatral de Barba, ao contrário dos Estudos da Performance, não se foca no estudo das tradições performativas no seu contexto sócio-cultural e muito menos utiliza uma lente teórica performativa na análise dos fenómenos humanos, mas trata-se antes do estudo de um «comportamento cénico pré-expressivo» no qual assentariam os diferentes géneros, papéis e tradições culturais, procurando assim por princípios comuns de performance (Barba, 1995).…”