“…As ações de saúde desenvolvidas são orientadas pela Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), que reconhece as especificidades étnico-culturais e os direitos territoriais dos povos indígenas na proteção, promoção e recuperação da saúde (2). Entretanto, estudos anteriores demonstraram dificuldades na implementação da PNASPI, seja de natureza cultural, participação social, integração e intercâmbio com as práticas tradicionais, seja de natureza operacional, com déficits de financiamento, infraestrutura, rotatividade e falta de profissionais (2,3,5). O Programa Mais Médicos (PMM), implementado a partir de 2013 no Brasil, tem, entre seus objetivos, o provimento emergencial de médicos em áreas com carência desses profissionais (6,7), a partir dos seguintes critérios: população em condição de extrema pobreza; baixo índice de desenvolvimento humano; localização em regiões pobres; áreas periféricas de grandes cidades; e grupos populacionais indígenas, assentados rurais e quilombolas.…”