A dor pélvica crônica é um processo doloroso que interfere nas atividades diárias da mulher, necessitando de intervenções clínicas ou cirúrgicas. O objetivo deste estudo é apresentar as repercussões da dor pélvica crônica em mulheres assistidas na atenção primária. Trata-se de um estudo transversal e quantitativo, conduzido com mulheres assistidas em três unidades da atenção primária e em um ambulatório especializado localizados em São Luís, Maranhão, Brasil, no período de maio a outubro de 2018. Utilizou-se um questionário estruturado. Dos resultados, destacam-se as seguintes prevalências sobre o perfil das mulheres: idade de 18 a 23 anos (18%), ensino médio completo (46%), desempregadas (43,3%), com hipertensão arterial e diabetes (23%), com duração da dor por dias (60%), escala de dor de 7 a 10 (73%), influência negativa da dor nos relacionamentos familiares (63%), com insônia (59%), ansiedade (78%) e depressão (32%). Constatou-se uma predominância de mulheres jovens, com escolaridade média, desempregadas, com padrão de eliminações intestinais disfuncional, com dores persistentes e intensas e dispareunia. A dor pélvica crônica causou prejuízos na vida social, na qualidade de vida e na saúde psicológica das participantes, o que indica a necessidade de intervenções multidisciplinares em saúde.