“…A construção e desenvolvimento dos vínculos são influenciados pelas motivações dos pais para adotar (Cardoso & Baiocchi, 2014;Ladvocat, 2014;Sampaio, Magalhães & Machado, 2020). A prevalência dos laços consanguíneos em relação aos laços afetivos ronda o imaginário social e faz surgir fantasias paternas fundamentadas em mitos que atravessam a adoção, dentre eles o de que a criança traria uma carga negativa da família biológica ou que abandonaria os pais adotivos para buscar os pais biológicos, movidos pela força dos laços de sangue, que são considerados indissolúveis (Levy & Gomes, 2017;Sampaio, Magalhães & Machado, 2020;Schettini, Amazonas & Dias, 2006). Alguns desses mitos fundamentam a escolha de determinados perfis para adoção, denotando as preferências de cada adotante (Cardoso & Baiocchi, 2014;Ladvocat, 2014;Machado, Féres-Carneiro & Magalhães, 2015).…”