Morte e Morrer na emergência pediátrica: a protagonização da equipe de enfermagem frente a finitude da vida

Abstract

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa e caráter descritivo que tem como objeto de estudo o processo morte e morrer na emergência pediátrica, que tem como objetivos descrever o processo de finitude da vida no setor da emergência pediátrica e identificar a percepção e atuação da equipe de enfermagem na finitude da vida no setor de emergência pediátrica. O findar da vida na infância é considerado mais doloroso que na vida adulta, já que a morte de uma criança leva a um conceito de tragédia e interrupção do ciclo da vida. Dessa maneira, a sobrevida dela se constitui como um objetivo principal para equipe, devido à alta possibilidade de cura em pacientes pediátricos. Como metodologia, utilizou-se a Biblioteca Virtual de Saúde, nas bases de informações LILACS, BDENF, MEDLINE e SCIELO, com recorte temporal de 2009 à 2019. Conclui-se que o enfrentamento do processo morte e morrer emerge diversas complicações pra equipe de enfermagem e, quando ocorre na idade pediátrica, em situações de emergência é ainda mais desfavorável e, por isso, precisa ser tratado com muito cuidado e cautela.

Contributos para o enfermeiro frente ao processo morte e morrer na emergência pediátrica: Percepção e estratégias de enfrentamento

“…Em contrapartida, alguns autores conceituam a morte como um processo de finitude da vida e ainda que, é o momento em que não existem mais possibilidades de resgatar as condições de saúde de um indivíduo, sendo a morte, inevitável e previsível. Diante da interrupção da vida, o enfermeiro precisa oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem que estes tenham o objetivo de aplicação de diagnósticos, e terapêuticas, respeitando a decisão do paciente ou do representante legal, em casos de impossibilidade do mesmo (Pessini & Hossne, 2010;Matsumoto, 2012;Ribeiro;Fassarela & Neves, 2020).…”

“…Dessa maneira, a sobrevida dela se constitui como um objetivo principal para equipe, devido à alta possibilidade de cura em pacientes pediátricos (Souza, Reis;. Diante as internações hospitalares, o setor de emergência pediátrica compreende uma taxa alta de internações, um grande número de crianças é acometido por doença graves e avançadas com prognostico ruim, sendo a morte um destino inevitável para muitas delas e acaba sendo esperada pelos enfermeiros (Pessini & Hossne, 2010;Matsumoto, 2012;Ribeiro;Fassarela & Neves, 2020). Porém, apesar da experiência profissional e do tempo de trabalho na unidade, os enfermeiros podem ter dificuldade em atuar frente a estas situações.…”

“…Porém, apesar da experiência profissional e do tempo de trabalho na unidade, os enfermeiros podem ter dificuldade em atuar frente a estas situações. Além disso, essas experiências no podem interferir na vida social e emocional do trabalhador, pois trazem consigo diversos sentimentos de sobrecarga e sofrimento (Antunes; Mota & Souza, 2011;Ribeiro;Fassarela & Neves, 2020).…”

“…Cabe ressaltar que a morte faz parte do desenvolvimento natural do ser humano, todos estão destinados a morrer em algum instante, sejam por causas naturais, doenças, acidentes e outros. Lidar com esta situação é uma realidade vivenciada por muitas pessoas, mas neste estudo a ênfase será no enfermeiro (Combinato, Queiroz, 2011;Ribeiro;Fassarela;. A perda muitas vezes é de difícil aceitação por parte dos familiares, mas também por parte dos enfermeiros que lutam pela vida, o que pode gerar medo, ansiedade e estresse (Guerra;Pinto;Coutinho, 2020).…”

“…Em consonância aos autores, vale mencionar que como a maioria das pessoas, os enfermeiros se mostram assustados ou com medo de abordar sobre o assunto, a justificativa usada por muitos deles, é que foram preparados para salvar vidas e garantir a manutenção dela, e ao estarem diante da morte preferem não aceitar, negam que o fenômeno pode acontecer (Oliveira et al, 2010;Ribeiro;Fassarela;.…”