IntroduçãoA morte é concebida de diversas maneiras ao longo da história, considerada um fenômeno de aspecto distinto em várias civilizações, sendo conceituada como falecer, findar, perecer. Mas, nas mais diversas concepções, a morte é sempre um fenômeno existencial(1) , gerador de medo, além de despertar temores nos seres humanos e evidenciar sentimentos que se revelam na dificuldade em lidar com a finitude, mesmo estando presente nas mais variadas crenças. Atualmente, muitas são as tentativas de se evitar a morte, graças às novas e crescentes invenções tecnológicas que buscam a manutenção da vida (2) . O modo como se reage à finitude do outro é influenciado pelas experiências que o indivíduo teve com a morte de familiares e pessoas próximas. Além disso, crença e religião estão presentes na forma pela qual os mesmos são vivenciados. Sendo assim, a terminalidade/morte deve ser entendida como mais uma fase do processo de viver e não um episódio dramático que irá ocorrer um dia (1) . Enfim, aceitar a morte como algo inevitável deve ser o primeiro passo para que esse evento seja experenciado e vivenciado de forma mais harmônica (3) . É comum na trajetória de um profissional de saúde, principalmente dos membros da equipe de enfermagem, se deparar com vidas que se findam. E, como uma das finalidades da enfermagem é o cuidar, isso implica na compreensão da dimensão existencial considerando a condição do ser na facticidade com possibilidade Resumo Introdução: A morte é um desafio para todos os profissionais de enfermagem, principalmente para aqueles que atuam na área cirúrgica. Objetivo: Compreender a experiência de morte de paciente, na vivência dos profissionais de enfermagem de um setor cirúrgico. Casuística e Métodos: Utilizou-se a abordagem qualitativa, visando à essência nos depoimentos, buscando uma aproximação com a Fenomenologia, por meio de entrevista aberta, com dez profissionais de enfermagem, realizada nos meses de março a maio de 2011. O cenário foi um Hospital Universitário do interior de Minas Gerais. Resultados: A análise compreensiva desvelou a Unidade de Significação: Sentimento de tristeza, de perda, de impotência e derrota diante da morte. Conclusão: Considera-se que apesar de todo o avanço tecnológico, a morte está presente no cotidiano de trabalho da enfermagem e este profissional deve ter embasamento cientifico e estabilidade emocional para ser capaz de lidar com a morte, uma experiência tão repleta de sentimentos e sensações.Descritores: Enfermagem perioperatória; Morte; Pesquisa qualitativa.
AbstractIntroduction: Death is a challenge for all nurses, especially for those who work in the surgical area. Objective: The aim of the present study is to understand the patient death experience on the perception of nursing professionals of a surgical unit. Patients and Methods: We used a qualitative research aiming at capturing the essence of the statements, seeking an approach with the phenomenology through open interviews. We conducted the interviews with ten nurses from March to May 2011. The setting ...