Mortalidade infantil por doenças infecciosas e parasitárias no estado do Pará

Abstract

PEDIATRIACopyright Souza et al. Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado.Resumo Objetivo: Analisar a ocorrência da mortalidade infantil por doenças infecciosas e parasitárias no estado do Pará.Métodos: Estudo com abordagem quantitativa, analítica, retrospectiva, abrangendo uma série histórica do ano de 2008 até 2017. Para análise dos resultados, utilizou-se testes estatísticos não-paramétricos, Qui-quadrado e teste G, capazes de expressar associação estatística. Resultados: Foram notificados 1530 óbitos infantis no estado do Pará, com uma queda em 47,8% entre o período estudado. A população indígena teve a maior taxa de mortalidade. 92,5% (n = 1415) dos óbitos ocorreram no período pós-natal e 51,7% (n = 791) com escolaridade materna entre 4-11 anos. Conclusão: A mortalidade infantil ainda pode e deve ser reduzida, pois em sua grande maioria atinge indivíduos no período pós-natal e possui maior incidência quanto menor a escolaridade materna e menor acesso à saúde. Descritores: mortalidade infantil; doenças transmissíveis; vigilância em saúde pública.Abstract Purpose: To analyze the occurrence of infant mortality due to infectious and parasitic diseases in the state of Pará.Methods: Study with a quantitative, analytical, retrospective approach, covering a historical series from 2008 to 2017. For the analysis of the results, we used non-parametric statistical tests, Chi-square and G test. Results: 1530 infant deaths were reported in the state of Pará, with a fall of 47.8% between the study period. The indigenous population had the highest mortality rate. 92.5% (n = 1415) of deaths occurred in the postnatal period and 51.7% (n = 791) with maternal education between 4-11 years. Conclusion: Infant mortality still can and should be reduced because its great majority affects individuals in the postnatal period and has a higher incidence when lower maternal schooling and lower access to health. PEDIATRIARelação entre mortalidade infantil e doenças infecciosas e parasitárias PEDIATRIA Relação entre mortalidade infantil e doenças infecciosas e parasitárias Autor correspondenteDeivid Ramos dos Santos Passagem Maciel, 120, Bengui CEP 66630-210,

Tendência temporal da mortalidade neonatal no Estado do Pará entre 2010 e 2019

“…Ao observar que a tendência da mortalidade neonatal, em função do sexo da criança, foi reduzida em sua totalidade, com maiores reduções em crianças do sexo masculino (Tabela 2), não é condizente com outros estudos, que relataram probabilidade de morte para o sexo masculino sendo relativamente maior do que para o sexo feminino, assim como a probabilidade de morte diminui significativamente com o aumento da idade (Ortiz & Oushiro, 2008;Sousa et al, 2019).…”

“…Estudos realizados anteriormente no estado do Pará, que avaliou a distribuição dos óbitos neonatais de 1996 a 2017 (Pontes et al, 2020) e a relação entre mortalidade infantil e doenças infecciosas e parasitárias (Sousa et al, 2019), foi relatado uma maior taxa de mortalidade neonatal para o gênero masculino (60% dos óbitos) e um maior risco de óbito no período neonatal precoce (de 0 a 6 dias após o nascimento). No entanto, foi constatado no presente estudo que houve uma maior redução na mortalidade neonatal para o sexo masculino e para recém-nascidos com faixa etária menos tardia, evidenciando que estes fatores não se caracterizam como um risco para a mortalidade neonatal no Estado do Pará.…”

“…No que tange a questão racial da mãe, é interessante destacar que para esta variável foi considerado como "não branca" todas as outras categorias de classificação utilizado pelo IBGE, que são: preta, parda, amarela e indígena (Petruccelli & Sabola, 2013). Deste modo, apesar de outros trabalhos relatarem maior número de óbitos neonatais em mães com cor/raça "não branca", principalmente na população indígena (Sousa et al, 2019), o que fica evidente no presente estudo é que as condições de vida relacionada a economia, cultura, condições sociais e étnicas, têm refletido positivamente para reduzir as mortalidades neonatais no Estado do Pará, miscigenando a população e reduzindo as "diferenças" sociais.…”

Perfil de adesão ao tratamento de tuberculose em uma unidade básica de saúde de Belém

“…Em relação a isso, existem diversos fatores que podem dificultar a cura e o controle da transmissão do bacilo de Koch, como as condições socioeconômicas, a presença de comorbidades, a ausência de amparo social, o uso de drogas lícitas ou ilícitas e, principalmente, os investimentos insuficientes para o controle dessa doença. Dessa forma, com esses entraves, a continuidade do tratamento se torna onerosa, aumentando a não adesão pelos pacientes, o que pode ocasionar complicações futuras [6][7][8][9] .…”