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ResumoIntrodução: pacientes com distúrbios neurológicos que necessitam de internação na Unidade de Terapia Intensiva podem desenvolver sequelas motoras, e a internação prolongada e a imobilidade podem piorar o quadro funcional. A Intensive Care Unit Mobility Scale (IMS) avalia os ganhos funcionais dos pacientes sob cuidados intensivos. Objetivo: analisar as características clínicas e funcionais de adultos neurocríticos internados em UTI. Método: estudo longitudinal, descritivo, de caráter retrospectivo, realizado por meio da análise de prontuários. Foram analisadas as características clínicas e funcionais dos participantes neurocríticos, incluindo o nível de consciência pela Escala de Coma de Glasgow (ECG) e da funcionalidade pela IMS. Resultados: foram incluídos 93 pacientes, divididos em dois grupos (grupo trauma e grupo clínico). 40 do grupo trauma (75% destes, vítimas de TCE por acidentes automobilísticos) e 53 do grupo clínico (66% destes, vítimas de AVC). Os pacientes do grupo clínico tiveram idade superior ao grupo trauma (p<0,001); ambos os grupos apresentaram melhora do nível de consciência (p<0,001); no grupo trauma a pontuação inicial da IMS foi de 3,0±2,0 e final de 4,0 ± 4,0 (p<0,001) e no grupo clínico, 2,5±2,5 e 3,5±3,0 (p<0,001). Além disso, a associação da IMS e ECG final apresentaram correlação positiva (r=0,735) e um valor de p<0,001. Conclusão: os dois grupos obtiveram uma melhora semelhante da funcionalidade e do nível de consciência, e o nível de consciência foi um fator contribuinte para a melhora da funcionalidade.