“…Ser indetectável, como um novo atributo da identidade clínica entre PVHA, vem ganhando novos sentidos e fomentando novas práticas de socialidade, a partir da afirmação, pelo Ministério da Saúde e por sociedades científicas, de que a pessoa com carga viral indetectável não transmite o HIV (indetectável = intransmissível). Essa constatação baseada em evidências científicas já vinha sendo empregada por PVHA em situação de revelação da sorologia, por exemplo, em relações afetivo-sexuais 10 . Na experiência dos membros do grupo investigado, ser "indetectável" podia, por um lado, encorajar a revelação da sorologia positiva, embora, por outro, ressaltar a "sigilosa" e "sufocante" realidade enfrentada por muitos que viviam em segredo.…”