“…SegundoSabourin e Caron (2009, p. 93) "nas zonas mais áridas, os caprinos, mais adaptados às secas e às necessidades de consumo das famílias, eram preferidos aos bovinos".Com relação às dimensões ambiental e dos sistemas produtivos da temporalidade da transição (itens 1 e 3), a paisagem manejada com base nos conhecimentos tradicionais das comunidades de FP, formam um agroecossistema baseado em três subsistemas(BIANCHINI et al 2020;CARVALHO et al, 2020): a) a área de FP, propriamente dita, de posse coletiva e manejada através da gestão comunitária, onde a Caatinga é preservada de forma contínua sem cercas, e onde circulam livremente os rebanhos de caprinos e ovinos e a fauna silvestre e; b) o cercado dos animais, em vegetação nativa cercada, com fins ao manejo reprodutivo dos rebanhos, o qual é gerido de forma autônoma pelas famílias; c) as áreas destinadas aos roçados e quintais produtivos, que são pequenas parcelas de vegeconsiderável número de variedades crioulas cultivadas, também armazenadas em coleções particulares de sementes crioulas (por guardiãs e guardiões de sementes locais), além dos criatórios de algumas sementes crioulas animais. Tornaram-se parceiras do CVT FP oito casas de sementes, onde são conservadas sementes de: feijão-de-arranca (rosinha, branco e badajó), -buritizinho ou orelha-de-colher)(TROILO et al, 2020) Bianchini et al (2020). identificaram 55 espécies de plantas nativas utilizadas na comunidade de FP de Ouricuri, em Uauá -BA, nomeadas localmente em três categorias: 'lenhosas' (arbustos e árvores), 'espinhentas' (cactáceas) e 'mato'(herbáceas).…”