RESUMO -A determinação dos aromas se faz importante já que os mesmos são responsáveis pelos atributos de sabor global dos alimentos. Essas determinações podem ser realizadas por meio de técnicas analíticas e análises sensoriais. Porém estas técnicas se limitam quanto ao custo e ao analista, pois há uma complexidade de moléculas que compõem os aromas. Neste contexto os sensores de gás surgem como uma alternativa, pois apresentam uma resposta rápida e confiável para a detecção dos aromas nos alimentos. O presente trabalho reporta o desenvolvimento de sensores de gases de baixo custo por meio da técnica de formação de trilhas utilizando papel vegetal como substrato e como camada ativa, um filme fino de polianilina (Pani) dopada com ácido clorídrico (HCl) no estado de oxidação esmeraldina, depositado pelo método de polimerização in-situ. Foi avaliada a histerese dos sensores aos aromas de maça, morango e uva. Pode-se verificar que os sensores foram sensíveis aos aromas avaliados apresentando uma baixa histerese (5; 3 e 1,7 %). Portanto os dispositivos apresentam-se muito promissores para uso na área de alimentos por apresentar um baixo custo e facilidade na obtenção.
INTRODUÇÃOA identificação de aromas tem atraído muitas pesquisas cientificas e a atenção do setor econômico. A abordagem clássica para a avaliação das características organolépticas dos alimentos é baseada na análise sensorial, ou seja, a análise que emprega o uso dos sentidos (sabor, aroma, visão e tato) realizado por um grupo de pessoas devidamente treinado. Entretanto este método contêm muitas limitações: é um método caro, demorado, limitado a compostos que não sejam tóxicos e sofre de incoerência e imprevisibilidade devido a vários fatores humanos (Banerjee et al., 2012). Outra técnica utilizada é cromatografia gasosa, devido a complexidade da maioria dos aromas de alimentos, dificultam sua caracterização por essa técnica.A procura por técnicas alternativas para a detecção de aromas vem crescendo atualmente. Um instrumento capaz de medir a concentração ou intensidade de odores sem as limitações inerentes ao uso de painéis humanos é altamente desejável (Gostelow et al., 2001). Nesse sentido, sensores têm sido desenvolvidos para detecção de odores, vapores e gases. Porém, os sensores disponíveis no mercado, são fabricados com semicondutores inorgânicos, como o óxido de estanho. Apesar desses sensores serem baratos, eles são pouco seletivos.