2014
DOI: 10.1590/s0103-40142014000100009
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Livros, editoras e oposição à ditadura

Abstract: O período da abertura política no Brasil (1974-1985) foi marcado, no campo da edição de livros, pelo surgimento ou revitalização de "editoras de oposição", ou seja, editoras com perfil nitidamente político e ideológico de oposição ao governo ditatorial. Compunham um universo que englobava desde editoras já estabelecidas, como Civilização Brasileira, Brasiliense, Vozes e Paz e Terra, até as surgidas naquele período, como Alfa-Ômega, Global, Codecri, Brasil Debates, Ciências Humanas, Kairós, Livramento, Vega, en… Show more

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“…Ao fim daquela década, a ditadura militar já estava enfraquecida e a abertura política era iminente, com os movimentos estudantil e sindical de volta à cena pública e a campanha pela anistia. Tempo em que as livrarias expunham obras de parlamentares de oposição, depoimentos de exilados e ex-presos políticos, romances políticos e romances-reportagem, livros-reportagem, de memórias e clássicos do pensamento socialista (Maués, 2014). As biografias jornalísticas, assim, narraram trajetórias de vida variadas, da combatente comunista Olga Benário ao dramaturgo Nelson Rodrigues, da cantora Elis Regina ao jogador de futebol Garrincha, e se multiplicaram com o passar dos anos e das décadas, tornando-se presença constante e egrégia no mercado editorial.…”
Section: Memória E Testemunho Nas Biografias Jornalísticasunclassified
“…Ao fim daquela década, a ditadura militar já estava enfraquecida e a abertura política era iminente, com os movimentos estudantil e sindical de volta à cena pública e a campanha pela anistia. Tempo em que as livrarias expunham obras de parlamentares de oposição, depoimentos de exilados e ex-presos políticos, romances políticos e romances-reportagem, livros-reportagem, de memórias e clássicos do pensamento socialista (Maués, 2014). As biografias jornalísticas, assim, narraram trajetórias de vida variadas, da combatente comunista Olga Benário ao dramaturgo Nelson Rodrigues, da cantora Elis Regina ao jogador de futebol Garrincha, e se multiplicaram com o passar dos anos e das décadas, tornando-se presença constante e egrégia no mercado editorial.…”
Section: Memória E Testemunho Nas Biografias Jornalísticasunclassified
“…42 Kucinski morou na Inglaterra entre 1971 e 1974, inviabilizando sua participação no processo. Saíra do país para acompanhar a sua esposa, que estava fazendo um doutorado em Física, e porque a polícia estava em seu encalço após publicar, junto do jornalista e professor da Unicamp Ítalo Tronca (1971;2013), um livro intitulado Pau de Arara -La violence militaire au Brésil. A obra denunciou a prática de tortura pela ditadura.…”
Section: Recuperaçãounclassified
“…Sua presença foi fundamental não apenas para o fortalecimento do mercado editorial, mas para a (re)articulação de muitos intelectuais em torno de seus projetos editoriais por toda a década de 1960, sobretudo após o golpe de 1964. Não apenas o trabalho de pesquisa de Maués (2014), mas também os de Vieira (1996a), Czajka (2005), Neves (2006), Galucio (2009) e Castro ( 2014) levam em consideração a 3. Sobre a gênese das resistências culturais na ditadura a partir da relação entre diferentes setores e matizes ideológicos na ditadura, consultar Napolitano (2017).…”
Section: O Mercado Editorial Na Construção Da Hegemonia Cultural De Esquerdaunclassified