O artigo discute o problema da censura a livros durante a primeira fase do regime militar no Brasil e de que forma editores e empresários do ramo editorial criaram estratégias comerciais para a comercialização de obras classificadas como subversivas pelos órgãos de controle da ditadura. Para tanto, a Editora Civilização Brasileira assim como seu proprietário, Ênio Silveira, tornam-se aqui objetos centrais da análise para que possamos compreender as dinâmicas que se operaram no campo das esquerdas intelectualizadas, formado a partir da associação ambivalente entre engajamento e mercado.