Com o advento da tecnologia no campo muitas das dificuldades existentes na agricultura foram supridas ao longo dos anos, inúmeras pragas e doenças agrícolas deixaram de ser epidêmicas com o auxílio de produtos fitossanitários sintéticos e seu manejo integrado. Devido a isto, objetivou-se avaliar as atividades antifúngicas do líquido da castanha de caju (LCC) sobre o crescimento micelial de Fusarium solani e Sclerotinia sclerotiorum e em folhas destacadas in vitro sobre o crescimento micelial de S. sclerotiorum. O LCC obtido da empresa Resibras Company, São Paulo/SP foi submetido a análise física e química e as soluções hidroalcoólica nas concentrações de 800, 1200, 1600, 2000 e 2400 μg 100 mL-1, foram incorporadas, separadamente, em meio batata-dextrose-ágar (BDA), e vertidas em placas de Petri, seguido do disco de micélio do fungo, onde o diâmetro das colônias foi medido diariamente. Como controle utilizou-se apenas o ágar. O LCC foi submetido ao ensaio no combate ao mofo branco em folhas destacadas de soja inoculado com o fungo S. sclerotiorum. O trabalho se desenvolveu a partir da pulverização do LCC nas mesmas concentrações já citadas. Inoculado o fungo S. sclerotiorum foi avaliado o grau de severidade da doença em 24 e 72 horas. O LCC inibiu 29% do crescimento micelial de F. solani; nas concentrações 1600 μg 100 mL-1. Para S. sclerotiorum, a melhor concentração foi de 2000 μg 100 mL-1, com 100% de redução de crescimento. Atribui-se pouco potencial antifúngico do LCC contra o fungo em folhas destacadas de soja, com maiores de lesão.