Este artigo tem como objetivo refletir sobre a vida de mulheres que têm que assumir jornadas triplas de trabalho, divididas entre: atividades remuneradas fora de casa e não remuneradas em casa. Enfrentam a realidade de ganhar menos que os homens e até em empregos informais, atuando como: faxineiras, diaristas, cabeleireiras, entre outras atividades, muitas delas sem nenhuma garantia das Leis trabalhistas, como: férias, décimo terceiro e aposentadoria, sem deixar de mencionar o exaustivo trabalho não remunerado, que não tem fim, de cuidar da casa e da família, em especial dos filhos. Além disso, em boa parte dos casos, são chefes de família, ou seja, totalmente responsáveis pela renda financeira da casa: comprar comida, pagar contas e sustentar toda a prole. Para tanto, vamos nos apoiar na discussão sobre a divisão sexual do trabalho e a decisão da maternidade que cada dia mais é protelada: as mulheres estão tendo filhos com idade acima de 35 anos – gravidez tardia.