A infecção recrudecente pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) tem exigido esforços contínuos de pesquisadores, gestores de saúde e sociedade civil na elaboração de políticas e estratégias para sua mitigação. O uso de indicadores orais para diagnóstico precoce, destaca-se como uma ferramenta útil na luta contra o vírus e seus efeitos na saúde pública. O conhecimento e identificação das manifestações orais associadas ao HIV podem auxiliar no diagnóstico, melhorar a qualidade de vida e reduzir a taxa de mortalidade desses indivíduos. Este trabalho objetiva detalhar as principais manifestações orais associadas ao HIV. As bases de dados consultadas foram Pubmed, LILACS e Scielo. As palavraschave utilizadas foram: “Vírus da Imunodeficiência Humana”, “Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”, “Manifestações Bucais”, “CD4” e/ou “Linfócitos T”. As manifestações orais em pacientes infectados por HIV podem ser de origem fúngica, bacteriana, viral e neoplásica. As principais lesões incluem candidíase oral e queilite angular; gengivite e periodontite ulcerativas necrosantes; herpes simples vírus e leucoplasia pilosa oral; sarcoma de Kaposi e linfoma não Hodgkin. Outra forma de identificação do HIV foi relacionar o surgimento das lesões orais à contagem de linfócitos T CD4+. A candidíase pseudomembranosa, eritema linear gengival, linfoma não Hodkin apresentam relação significativa com CD4+ < 200 células/mm³. O sarcoma de Kaposi está relacionado à progressão da AIDS, associado ao CD4+ < 150 células/mm³. A disseminação deste conhecimento entre os profissionais de saúde e população em geral, representa uma abordagem integrada, que combina esforços para mitigar o HIV identificando e relacionando as patologias orais à infecção pelo HIV.