2005
DOI: 10.1590/s0100-72032005000200009
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Leishmaniose visceral e gestação: relato de caso

Abstract: RESUMOLeishmaniose visceral (LV) é doença endêmica no Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, principalmente nas áreas próximas dos rios Paraguai e Paraná. Nos últimos anos vem aumentando o número de casos, especialmente na Capital, Campo Grande, com conseqüente surgimento de casos em gestantes e conseqüentemente havendo risco de transmissão vertical do parasita. No presente trabalho é relatado um caso de LV em gestante, acompanhada por nosso grupo e tratada com anfotericina B lipossomal, não tendo ocorrido a tr… Show more

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“…Evidenciou-se a deficiência de informação nos prontuários médicos, a necessidade de uma avaliação mais apurada por parte dos profissionais de saúde com relação às manifestações clínicas e resultados laboratoriais para LV, e com isso, a urgência de promover cursos de atualização aos médicos e enfermeiros para reconhecer precocemente os sintomas da doença e melhorar o monitoramento dos pacientes em tratamento, a fim de identificar precocemente possíveis complicações, reduzir o grau de morbidade, as taxas de letalidade e os riscos de transmissão local. Até porque, um caso de LV em gestante potencializa a transmissão congênita, já que pode acontecer, durante o trabalho de parto, contato do recém-nascido com o sangue da mãe, ou ainda infecção transplacentária 14 , sendo o mais preocupante que a maioria ocorre em gestantes sintomáticas não tratadas20 .Quanto à recém-nascida, não foi possível investigar a hipótese de transmissão congênita, pois, logo após o óbito da mãe, ela passou a ser cuidada pela avó paterna, no estado do Piauí. Mas, segundo informações dos parentes, encontra-se bem.Em Palmas, mesmo com todos os esforços do setor de saúde com relação à vigilância e controle da leishmaniose, em humanos e caninos, há a necessidade de intensificar ações educativas, envolvendo todos os profissionais, a fim de elucidar as dúvidas sobre o agravo, diferenciar os sinais e sintomas da doença, esclarecer a população de que os cães não são os únicos reservatórios da doença e estimular a adoção de medidas preventivas e de controle…”
unclassified
“…Evidenciou-se a deficiência de informação nos prontuários médicos, a necessidade de uma avaliação mais apurada por parte dos profissionais de saúde com relação às manifestações clínicas e resultados laboratoriais para LV, e com isso, a urgência de promover cursos de atualização aos médicos e enfermeiros para reconhecer precocemente os sintomas da doença e melhorar o monitoramento dos pacientes em tratamento, a fim de identificar precocemente possíveis complicações, reduzir o grau de morbidade, as taxas de letalidade e os riscos de transmissão local. Até porque, um caso de LV em gestante potencializa a transmissão congênita, já que pode acontecer, durante o trabalho de parto, contato do recém-nascido com o sangue da mãe, ou ainda infecção transplacentária 14 , sendo o mais preocupante que a maioria ocorre em gestantes sintomáticas não tratadas20 .Quanto à recém-nascida, não foi possível investigar a hipótese de transmissão congênita, pois, logo após o óbito da mãe, ela passou a ser cuidada pela avó paterna, no estado do Piauí. Mas, segundo informações dos parentes, encontra-se bem.Em Palmas, mesmo com todos os esforços do setor de saúde com relação à vigilância e controle da leishmaniose, em humanos e caninos, há a necessidade de intensificar ações educativas, envolvendo todos os profissionais, a fim de elucidar as dúvidas sobre o agravo, diferenciar os sinais e sintomas da doença, esclarecer a população de que os cães não são os únicos reservatórios da doença e estimular a adoção de medidas preventivas e de controle…”
unclassified
“…Há poucos trabalhos que relatam a prevalência da LV durante a gestação na América do Sul. Entretanto, em locais urbanos e periurbanos do Brasil a frequência de LV em gestantes têm aumentado (Caldas et al, 2003), sendo o primeiro relato em 1993 (Caldas et al, 2003;Figueiró-Filho et al 2004), com posteriores relatos desta infecção de maneira congênita (Viana et al, 2001;Caldas et al, 2003;Figueiró-Filho et al, 2004;Figueiró-Filho et al, 2005;Vieira et al, 2007;Parise et al, 2019).…”
Section: Discussionunclassified
“…Nesse estudo houve notificações de casos de mulheres grávidas que foram acometidas pela doença em diferentes períodos gestacionais, corroborando com outros estudos que relatam sobre esse tipo de transmissão (Viana et al, 2001;Caldas et al, 2003;Figueiró-Filho et al, 2004;Figueiró-Filho et al, 2005;Vieira et al, 2007;Silva et al, 2015;Parise et al, 2019).…”
Section: Discussionunclassified
“…During pregnancy, treatment aims to cure the pregnant patient and to prevent transplacental transmission. Because of their teratogenicity, antimonials should not be used, nor should amphotericin B (it is cardiotoxic and nephrotoxic); as such, the drug of choice is aminosidine (12 to 16 mg/kg/day, intramuscularly, for 15 to 20 days) [96].…”
Section: Special Circumstancesmentioning
confidence: 99%