“…Evidenciou-se a deficiência de informação nos prontuários médicos, a necessidade de uma avaliação mais apurada por parte dos profissionais de saúde com relação às manifestações clínicas e resultados laboratoriais para LV, e com isso, a urgência de promover cursos de atualização aos médicos e enfermeiros para reconhecer precocemente os sintomas da doença e melhorar o monitoramento dos pacientes em tratamento, a fim de identificar precocemente possíveis complicações, reduzir o grau de morbidade, as taxas de letalidade e os riscos de transmissão local. Até porque, um caso de LV em gestante potencializa a transmissão congênita, já que pode acontecer, durante o trabalho de parto, contato do recém-nascido com o sangue da mãe, ou ainda infecção transplacentária 14 , sendo o mais preocupante que a maioria ocorre em gestantes sintomáticas não tratadas20 .Quanto à recém-nascida, não foi possível investigar a hipótese de transmissão congênita, pois, logo após o óbito da mãe, ela passou a ser cuidada pela avó paterna, no estado do Piauí. Mas, segundo informações dos parentes, encontra-se bem.Em Palmas, mesmo com todos os esforços do setor de saúde com relação à vigilância e controle da leishmaniose, em humanos e caninos, há a necessidade de intensificar ações educativas, envolvendo todos os profissionais, a fim de elucidar as dúvidas sobre o agravo, diferenciar os sinais e sintomas da doença, esclarecer a população de que os cães não são os únicos reservatórios da doença e estimular a adoção de medidas preventivas e de controle…”