Itinerário terapêutico de mulheres com câncer

Abstract

RESUMOObjetivou -se conhecer o itinerário terapêutico de mulheres com câncer de colo de útero ou de mama. O câncer se configura como um problema de saúde pública mundial. O diagnóstico precoce é a melhor medida preventiva e a que permite o melhor prognóstico, sendo que a organização do sistema de saúde é o principal fator que influencia o fluxo e contrafluxo do usuário na rede e consequentemente, a otimização do tempo entre o início dos sinais e sintomas e o tratamento. Nesse sentido, entender o funcionamento do fluxo é fundamental para orientar o usuário na busca por cuidado em seus itinerários terapêuticos. Trata se de uma pesquisa descritiva, exploratória de natureza qualitativa. A pesquisa foi realizada no setor de quimioterapia oncológica de um Hospital e Maternidade, localizado no município de Barbalha, na Região Metropolitana do Cariri. Para a coleta de dados, utilizou-se um roteiro de entrevista-semiestruturada e para a análise dos dados realizou-se a análise de conteúdo orientada por Bardin. Quanto ao itinerário todas as mulheres não conseguiram o tratamento

Itinerário Diagnóstico Terapêutico De Familiares E Pessoas Com Doença Oncológica

“…No que diz respeito à rede, há previsão de ações que vão do processo de credenciamento e gestão até a definição de diferentes serviços, suas aptidões e qualidades (7) . Além da PNAO, também foi criada a Lei nº 12.732 de 22 de novembro de 2012, que dispõe sobre direito do paciente com neoplasia maligna comprovada a iniciar o primeiro atendimento pelo SUS (8) .…”

Itinerários de pacientes com câncer eleitos para cuidados paliativos

“…O primeiro tema apresenta os relatos dos pacientes e de seus representantes sobre a percepção do primeiro sintoma manifestado no processo de adoecimento, os serviços da rede regional de atenção à saúde onde ocorreram os primeiros atendimentos, os encaminhamentos e a realização de exames para diagnóstico, assim como os depoimentos sobre a percepção da gravidade da condição clínica. O SUS e as RRAS têm empreendido esforços para viabilizar serviços eficientes nos diferentes níveis de atenção à saúde, mediante políticas públicas voltadas à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer (ALENCAR et al, 2020;BASTOS et al, 2020). Vale ressaltar, no entanto, que as fragilidades que comprometem o diagnóstico e o tratamento, como os modelos assistenciais fragmentados, a desorganização nos fluxos de atendimento e a morosidade na referência para outros serviços, podem ser identificadas a partir dos itinerários dos pacientes, observando onde ocorrem os principais problemas que obstacularizam a efetividade da assistência à saúde (ALENCAR et al, 2020;AIKO et al, 2020) (BRASIL, 2005a;BRASIL, 2005b).…”

“…O SUS e as RRAS têm empreendido esforços para viabilizar serviços eficientes nos diferentes níveis de atenção à saúde, mediante políticas públicas voltadas à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer (ALENCAR et al, 2020;BASTOS et al, 2020). Vale ressaltar, no entanto, que as fragilidades que comprometem o diagnóstico e o tratamento, como os modelos assistenciais fragmentados, a desorganização nos fluxos de atendimento e a morosidade na referência para outros serviços, podem ser identificadas a partir dos itinerários dos pacientes, observando onde ocorrem os principais problemas que obstacularizam a efetividade da assistência à saúde (ALENCAR et al, 2020;AIKO et al, 2020) (BRASIL, 2005a;BRASIL, 2005b). Dessa forma, a assistência é estruturada de modo a favorecer o estabelecimento de fluxo de referência e contrarreferência entre a atenção básica e os serviços de média e alta complexidade (AQUINO et al, 2018;BASTOS et al, 2020).…”

“…Entretanto, as limitações dos profissionais para detecção precoce do câncer, além das barreiras existentes no sistema de saúde, contribuem para que o acesso ao serviço especializado ocorra após um período que, geralmente, não é compatível com a evolução e gravidade da doença (SHEN et al, 2016;URIBE et al, 2019). Dessa maneira, enquanto essas fragilidades ainda tão evidentes no itinerário de pacientes oncológicos persistirem, eles continuarão expostos ao risco de evoluir para incurabilidade (ALENCAR et al, 2020).…”

“…A realidade brasileira, retratada nos estudos citados anteriormente, também foi discutida em matéria publicada pelo The Economist (2015 A literatura internacional utiliza descritores que compilam estudos que tratam das "dificuldades de acesso aos serviços de saúde" e/ou "características regionais de busca por serviços de saúde", ou seja, estudos cujo foco é o acesso aos serviços, geralmente. No entanto, alguns estudos brasileiros (CABRAL et al, 2011;SOARES;ARRUDA, 2017;TESTON et al, 2018;AIKO et al, 2020;ALENCAR et al, 2020) se aprofundam mais sobre o tema e apresentam maior produção, pois buscam explorar os caminhos, escolhas e predileções de pacientes ao longo dos seus cuidados em saúde. Isso permite melhor compreensão a respeito destes dois itinerários, bem como a identificação de diferenças entre eles.…”