Interprofissionalidade na graduação em Saúde Coletiva: olhares a partir dos cenários diversificados de aprendizagem

Abstract

Resumo Este artigo teve como objetivo compreender como a interprofissionalidade emerge nos cenários diversificados de aprendizagem em um curso de graduação em Saúde Coletiva. Tratou-se de uma investigação de natureza qualitativa do tipo exploratória, com uma proposição observacional a partir das experiências formativas dos estudantes do curso de graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Foram realizadas observações de quatro campos de práticas e entrevistados 15 graduandos de distintos períodos do curso, assim como analisados os documentos referentes às disciplinas teórico-práticas. Algumas experiências demonstraram relações singulares entre processos de trabalho e de ensino que permitiram a articulação entre saberes e fazeres para dar respostas concretas às situações encontradas por meio de práticas interprofissionais. No entanto, o distanciamento entre o mundo acadêmico e o mundo do trabalho repercutiu em entraves para a efetivação de um trabalho interprofissional colaborativo.

A Interprofissionalidade nos Cursos de Enfermagem de Instituições de Ensino Superior Públicas da Região Sul do Brasil

“…As ATP proporcionam cenários adequados e específicos para a educação interprofissional e multiprofissional, tendo em vista que são realizadas dentro do campo de prática e com enfoque intervencionista, envolvendo os acadêmicos com os profissionais do serviço em todas as suas áreas de atuação. 5 O aprendizado dentro dos serviços de saúde proporciona vantagens para todos os atores envolvidos: para os acadêmicos, oferece uma formação contextualizada pela realidade e dá suporte ao aprendizado teórico, para os docentes oportuniza um retorno ao serviço, qualificando o processo de ensino e para os profissionais fornece constante atualização de conhecimentos e práticas. Salienta-se que este método fomenta a PNEPS, diminuindo a distância entre o aprender e o fazer.…”

“…Além disso, exige espaços propícios e debates para que surjam novas ideias, metodologias e o ensino seja potencializado. 5 É necessário que as IES contem com uma grade de cursos da área da saúde, tais como Fisioterapia, Psicologia, Farmácia, Educação Física, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Nutrição para garantir a viabilidade do ensino colaborativo. Através da EIP, o usuário torna-se o protagonista da atenção, exigindo o foco e o saber de todos os profissionais envolvidos no processo de recuperação e promoção de saúde.…”

“…Ao trabalharmos juntos e em conjunto, nossas intervenções interferem nas dos demais, criando metodologias compartilhadas que influenciam no plano terapêutico do paciente e proporcionam o aumento do campo de saber de cada profissional, e através dessas relações cooperativas e colaborativas, ampliamos o arsenal de pensamentos e conhecimento para investigar, reconhecer valores e estratégias para a resolução de fragilidades e complicações encontradas durante a prática profissional. 5,6 Saúde em Redes. 2021; 7(2)…”

Educação Em Saúde Para Integrantes Do Tiro De Guerra: Experiência Entre Universidade E Exército Brasileiro

“…A importância dessa troca foi mencionada por Rios, em 2019, que defende o entendimento sobre interdisciplinaridade durante a formação profissional em saúde como subsídio para a atuação em equipe. A interprofissionalidade e a interdisciplinaridade podem ser entendidas como estratégias que buscam oferecer oportunidades de aprendizado em conjunto com outras categorias profissionais (PARO, 2018;RIOS, 2019).…”

Educação Interprofissional no Brasil: formação e pesquisa

“…E o debate nacional sobre a EIP na formação em saúde tem se ampliado de maneira robusta (Ely & Toassi, 2018;Freire Filho, 2019;Paro & Pinheiro, 2018;Wetzel et al, 2018). Uma publicação singular que traduz o investimento brasileiro nas perspectivas de compreensão, implementação e avaliação das propostas de EIP na formação em saúde é o Relatório final da oficina de alinhamento conceitual sobre educação e trabalho interprofissional em saúde , no qual se pode apreender a abrangência das experiências no Brasil (graduação, residência multiprofissional em saúde, pós-graduação stricto sensu, educação permanente em saúde).…”