“…Embora tal manifestação linguística seja fruto do bilinguismo bimodal/intermodal, conforme nos apresentaram Quadros et al (2014), é preciso que os TIELSP administrem a recepção das informações em português, por exemplo, e a produção na Libras, para que essa sobreposição, dito de outra forma, a pronúncia desgovernada de palavras durante a sinalização, não prejudique o enunciado entregue na língua-alvo (Rodrigues, 2018). Rodrigues (2018) e Gomes ( 2019) ainda pontuaram que os mouthings podem se tornar estratégias tradutórias e interpretativas acerca da desambiguação de sinais, da ampliação e/ou da complementação de significação aos sinais, quando, ao sinalizar LUCRO, pronuncia-se a palavra lucro, a fim de evitar confusão com léxicos como RASCUNHO e ADOTAR, que integram uma relação homonímica. Cançado (2008) realçou que esses fenômenos linguísticos (i.e., homonímias) são de cunho semântico, no qual os itens lexicais apresentam o mesmo significante, mas significados variados, e não existe, a priori, qualquer relação histórica e social entre eles.…”