Abstract:RESUMO: O ensaio argumentou a favor do papel formativo do professor, o qual desempenha, enquanto governante intelectual, papel indispensável na formação de novas gerações. Assim, o texto investigou, na primeira parte, diferentes formas de reducionismo da educação contemporânea, provocadas pela invasão da governança empresarial neoliberal nas instituições de ensino, focando no empobrecimento da experiência docente. Reconstruiu, na segunda parte, alguns traços do perfil do mestre que emerge da noção latina de ed… Show more
“…Reconhecemos a responsabilidade de se ter atenção às competências determinadas pela BNCC, uma vez que são fundamentais para o exercício da docência, porém retirar dessa formação a educação para o pensamento autônomo, crítico, ético, é tornar o ato educacional meramente mecânico frente aos objetivos sociais e humanos cada vez mais complexos. A esse respeito, nosso entendimento está em consonância com o apregoado por Dalbosco (2015Dalbosco ( , 2019Dalbosco ( , 2021Dalbosco ( , 2022, para quem o fortalecimento mundial da democracia depende de uma formação cultural ampla, amparada pelo domínio criativo das mais diferentes formas do saber em humanidades, tornando indispensável as artes e a filosofia dentro dos cursos. Uma formação humana de perspectiva pós-humanista, na qual o ser humano não é entendido como uma essência pronta, mas como um sujeito histórico com potencialidades a serem desabrochadas pela educação.…”
Section: O Lugar Das Humanidades Na Formação Docente Para a Atuação N...unclassified
“…A continuación, realizamos entrevistas y aplicamos cuestionarios a 18 coordinadoras(es) de cursos de pedagogía de universidades federales de diferentes regiones del país, que se ofrecieron a colaborar con la investigación. De los datos producidos, destacamos tres dimensiones que discutimos desde la perspectiva teórica de Biesta (2021), Martha Nussbaum (2015 y Dalbosco (2015Dalbosco ( , 2019Dalbosco ( , 2021Dalbosco ( , 2022: a) Posicionamiento en relación con la Resolución CNE/CP n.º 2/2019; b) Consideraciones sobre el lenguaje del aprendizaje de competencias y habilidades en la formación docente; y c) Puntos de vista en lo que respecta al espacio destinado a los estudios en humanidades en estas licenciaturas. A partir de un movimiento hermenéutico, realizamos un ejercicio de escucha, interpretación y reflexión, que nos permitió comprender mejor la situación actual y la realidad cercana de las transformaciones que deben afrontar estos cursos.…”
Frente à urgência de problematizar as mudanças trazidas pelas CNE/CP nº 2/2019 que institui as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professoras(es) para a Educação Básica e estabelece a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professoras(es) da Educação Básica (BNC-Formação), discutimos o lugar das humanidades na formação docente para atuação na educação infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Para tanto, procedemos, inicialmente, à análise documental das legislações nacionais referente à formação de professoras(es): Resoluções CNE/CP nº 1/2002, nº 2/2015 e nº 2/2019 e CNE/CP nº 1/2006. Na sequência, realizamos entrevistas e aplicamos questionário à 18 coordenadoras(es) de cursos de pedagogia, de universidades federais de diferentes regiões do país, que se disponibilizaram a colaborar com a pesquisa. Dos dados produzidos, destacamos três dimensões que discutimos a partir da perspectiva teórica de Biesta (2021), Nussbaum (2015) e Dalbosco (2015, 2019, 2021, 2022): a) Posicionamento acerca da Resolução CNE/CP nº 2/2019; b) Considerações sobre a linguagem da aprendizagem de competências e habilidades na formação docente; e c) Pontos de vista no que diz respeito ao espaço destinado aos estudos em humanidades nessas licenciaturas. A partir de um movimento hermenêutico, realizamos um exercício de escuta, interpretação e reflexão, que nos permitiu melhor entendimento da condição atual e a realidade próxima de transformações a ser enfrentada por tais cursos.
“…Reconhecemos a responsabilidade de se ter atenção às competências determinadas pela BNCC, uma vez que são fundamentais para o exercício da docência, porém retirar dessa formação a educação para o pensamento autônomo, crítico, ético, é tornar o ato educacional meramente mecânico frente aos objetivos sociais e humanos cada vez mais complexos. A esse respeito, nosso entendimento está em consonância com o apregoado por Dalbosco (2015Dalbosco ( , 2019Dalbosco ( , 2021Dalbosco ( , 2022, para quem o fortalecimento mundial da democracia depende de uma formação cultural ampla, amparada pelo domínio criativo das mais diferentes formas do saber em humanidades, tornando indispensável as artes e a filosofia dentro dos cursos. Uma formação humana de perspectiva pós-humanista, na qual o ser humano não é entendido como uma essência pronta, mas como um sujeito histórico com potencialidades a serem desabrochadas pela educação.…”
Section: O Lugar Das Humanidades Na Formação Docente Para a Atuação N...unclassified
“…A continuación, realizamos entrevistas y aplicamos cuestionarios a 18 coordinadoras(es) de cursos de pedagogía de universidades federales de diferentes regiones del país, que se ofrecieron a colaborar con la investigación. De los datos producidos, destacamos tres dimensiones que discutimos desde la perspectiva teórica de Biesta (2021), Martha Nussbaum (2015 y Dalbosco (2015Dalbosco ( , 2019Dalbosco ( , 2021Dalbosco ( , 2022: a) Posicionamiento en relación con la Resolución CNE/CP n.º 2/2019; b) Consideraciones sobre el lenguaje del aprendizaje de competencias y habilidades en la formación docente; y c) Puntos de vista en lo que respecta al espacio destinado a los estudios en humanidades en estas licenciaturas. A partir de un movimiento hermenéutico, realizamos un ejercicio de escucha, interpretación y reflexión, que nos permitió comprender mejor la situación actual y la realidad cercana de las transformaciones que deben afrontar estos cursos.…”
Frente à urgência de problematizar as mudanças trazidas pelas CNE/CP nº 2/2019 que institui as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professoras(es) para a Educação Básica e estabelece a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professoras(es) da Educação Básica (BNC-Formação), discutimos o lugar das humanidades na formação docente para atuação na educação infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Para tanto, procedemos, inicialmente, à análise documental das legislações nacionais referente à formação de professoras(es): Resoluções CNE/CP nº 1/2002, nº 2/2015 e nº 2/2019 e CNE/CP nº 1/2006. Na sequência, realizamos entrevistas e aplicamos questionário à 18 coordenadoras(es) de cursos de pedagogia, de universidades federais de diferentes regiões do país, que se disponibilizaram a colaborar com a pesquisa. Dos dados produzidos, destacamos três dimensões que discutimos a partir da perspectiva teórica de Biesta (2021), Nussbaum (2015) e Dalbosco (2015, 2019, 2021, 2022): a) Posicionamento acerca da Resolução CNE/CP nº 2/2019; b) Considerações sobre a linguagem da aprendizagem de competências e habilidades na formação docente; e c) Pontos de vista no que diz respeito ao espaço destinado aos estudos em humanidades nessas licenciaturas. A partir de um movimento hermenêutico, realizamos um exercício de escuta, interpretação e reflexão, que nos permitiu melhor entendimento da condição atual e a realidade próxima de transformações a ser enfrentada por tais cursos.
“…Acta Scientiarum. Education, v. 44, e64291, 2022 vivenciar a escola que vão muito além da tentativa neoliberal de transformá-la numa grande empresa gerenciada pelos princípios da concorrência, eficiência e lucratividade (Dalbosco, 2019(Dalbosco, , 2020.…”
O texto que segue divide-se em duas partes, possuindo como núcleo central a entrevista com o prof. Jürgen Oelkers, pedagogo alemão e professor emérito da Universidade de Zurique, Suíça. Com o intuito de contextualizar o leitor, a primeira parte descortina visão panorâmica resumida do cenário educacional mundial, destacando o neoconservadorismo autoritário e obscurantista que constitui fonte de preocupação da cultura, ciência e educação e, precisamente por isso, tornando-se objeto da pesquisa educacional crítica. Também busca inserir brevemente a o pensamento pedagógico de Oelkers neste contexto. A segunda parte apresenta em detalhes a entrevista concedida pelo referido professor, mostrando o núcleo temático de suas pesquisas educacionais, seu diálogo permanente com autores clássicos como Jean-Jacques Rousseau e John Dewey e sua firme defesa a favor do papel da educação pública no fortalecimento democrático da esfera pública. Ao reatualizar o nexo estreito entre educação e democracia pensado por John Dewey no século passado, procurando vertê-lo contra formas dogmáticas e autoritárias da educação e da política, Jürgen Oelkers oferece ferramentas conceituais importantes para pensar o autoritarismo obscurantista que toma conta do cenário político e educacional brasileiro. Por fim, o texto como um todo deixa a entender o quanto a reconstrução crítica da tradição educacional democrática é indispensável à formação cultural ampliada das novas gerações
RESUMO O texto visa debater a crise das ciências da educação no Brasil, tendo em vista os dilemas e impasses em que se encontra a investigação na área. Para tanto, apresenta um estudo hermenêutico das compreensões sobre os desafios das ciências da educação alcançadas por meio de um questionário aplicado a cientistas e filósofos da educação brasileira. Em síntese, as ciências da educação são entendidas como: 1) prolongamento de outras ciências; 2) dispersão epistemológica de saberes; e 3) saberes distanciados de seus fundamentos teóricos. Diante dessas três compreensões, o artigo discute a possibilidade de repensar as ciências da educação à luz da hermenêutica reconstrutiva de Habermas.
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