2007
DOI: 10.1590/s0104-026x2007000300007
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Inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbanda

Abstract: Neste artigo busca-se resposta para a possível relação entre literatura romântica, especialmente indianista, e as caboclas do panteão religioso popular. Será que estas de fato devem algo ao seu suposto modelo literário? 1 Para tanto procedeu-se a uma revisão da literatura pertinente à possível influência de modelos literários românticos na construção do tipo religioso da cabocla metafísica, discutidos à luz da crítica literária, em especial feminista, e entrevistaram-se caboclas e mulheres suas médiuns.De acor… Show more

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“…Nesse percurso desenvolvimental, o apoio do meio e de pessoas mais experientes como médiuns também se mostrou importante, sobretudo de figuras de referência como pais e mães de santo. Uma questão importante refere-se à firmeza da cabeça, relatada em algumas entrevistas e que se relaciona com a mística desse membro no repertório linguístico e cultural das religiões afro-brasileiras (Brumana, 2005;Rotta & Bairrão, 2007;Scorsolini-Comin, 2015a). Estar com a cabeça firme, na umbanda, pode corresponder a não titubear, a estar preparada não apenas para incorporar as entidades, mas também atuar em prol do outro e exercer com responsabilidade e comprometimento o que se chama de caridade (atendimento à comunidade).…”
Section: Ser Médium: Uma Nova Identidadeunclassified
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“…Nesse percurso desenvolvimental, o apoio do meio e de pessoas mais experientes como médiuns também se mostrou importante, sobretudo de figuras de referência como pais e mães de santo. Uma questão importante refere-se à firmeza da cabeça, relatada em algumas entrevistas e que se relaciona com a mística desse membro no repertório linguístico e cultural das religiões afro-brasileiras (Brumana, 2005;Rotta & Bairrão, 2007;Scorsolini-Comin, 2015a). Estar com a cabeça firme, na umbanda, pode corresponder a não titubear, a estar preparada não apenas para incorporar as entidades, mas também atuar em prol do outro e exercer com responsabilidade e comprometimento o que se chama de caridade (atendimento à comunidade).…”
Section: Ser Médium: Uma Nova Identidadeunclassified
“…Considerada uma religião híbrida, a umbanda é marcada por elementos de diversas religiões que perpassam a miscigenação brasileira, trazendo consigo traços do catolicismo português, do espiritismo kardecista, do simbolismo indígena e da crença em espíritos ancestrais de matriz africana. Assim, congrega contribuições heterogêneas, de modo que seu culto se apresenta plural, dinâmico e abarca uma diversidade de guias espirituais em seu panteão, entidades estas que representam, além de aspectos espirituais, figuras importantes da constituição cultural do povo brasileiro, como indígenas, escravos e migrantes (Leal de Barros & Bairrão, 2015;Macedo & Bairrão, 2011;Rotta & Bairrão, 2007). Apesar da perseguição e violência sofridas durante anos de sua construção enquanto religião legítima, devido à sua associação com práticas demoníacas e execução de malefícios, a umbanda se consolidou e se difundiu em todo território brasileiro, ainda que a resistência exista até a atualidade (Lages, 2012).…”
Section: Introductionunclassified
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“…With respect to recent studies addressing the ethnopsychological meaning of Umbanda entities, consultBairrão, 2005;Barros, 2013;Barros & Bairrão, 2015;Dias & Bairrão, 2011Graminha & Bairrão, 2009;Macedo & Bairrão, 2011;Martins & Bairrão, 2009;Rotta & Bairrão, 2007; …”
unclassified
“…A produção de sentidos envolvendo-se o enredo dos mortos é correlata ao fato de no panteão espiritual umbandista não haver a separação bem definida entre sagrado e cotidiano (Brumana & Martinez, 1991), entre espíritos e pessoas, sendo também difícil separar a umbanda de outras religiões. Nessa tradição não se estabelecem categorias rígidas, pois há uma rede simbólica composta de uma combinatória entre orixás, guias 2 e santos católicos, amplamente descrita em outros trabalhos acadêmicos (Bairrão, 2005;Rotta & Bairrão, 2007;Martinez & Bairrão, 2009;Macedo & Bairrão, 2011;Dias & Bairrão, 2011;Leal de Barros & Bairrão, 2015).…”
Section: Introductionunclassified