SHIMIZU, H.E. A percepção de docentes do curso de graduação em enfermagem e obstetrícia de uma universidade pública federal sobre a integração docente assistencial. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 7, n. 5, p. 51-57, dezembro 1999.
INTRODUÇÃOA minha vivência, durante onze anos, em um hospital público e de ensino que tem implantado a Integração Docente Assistencial (IDA) desde a sua fundação, e posteriormente o meu ingresso no curso de pós-graduação, motivaram-me a aprofundar estudos sobre esta questão.No curso de Mestrado, quando realizei a disciplina Administração em Serviços de Enfermagem, estudei essa temática considerando a percepção das enfermeiras assistenciais que vivenciavam a IDA com a disciplina de Administração aplicada à Enfermagem do curso de graduação em Enfermagem da EEUSP.Atualmente, no curso de Doutorado, e tendo oportunidade para refletir e discutir sobre questões relativas à formação do enfermeiro na disciplina Problemática de Enfermagem, percebo que para melhorar a qualidade do ensino de Enfermagem temos que resgatar, rever e valorizar a IDA.Acredito que a IDA possa contribuir para que os docente superem a dicotomia entre a teoria e a prática, devido a sua maior aproximação com campo prático. Como conseqüência, possivelmente terão ainda melhores preparo técnico e conhecimento da realidade.Além disso, percebo na IDA um caminho para melhor articulação entre os enfermeiros assistenciais e de ensino e, em conseqüência, oportunidades para refletirem sobre a qualidade de assistência prestada aos pacientes. Acredito ainda, que os resultados de sua aplicação poderão tornar os campos de estágio mais adequados para o desenvolvimento do ensino de Enfermagem, onde os alunos terão maiores oportunidades para aplicar a teoria estudada em um campo prático.A IDA tem sido objeto de preocupação dos enfermeiros assistenciais e enfermeiros docentes há longa data, exigindo esforços desses profissionais para atingir os moldes desejáveis de aplicação.No Brasil, a partir da reforma universitária de 1968, intensificaram-se os estudos sobre a IDA, quando ela foi considerada elemento importante para a qualificação do profissional a ser formado e também para a melhoria da qualidade de assistência a ser prestada.Todavia, apesar dos aspectos positivos, são várias as dificuldades enfrentadas pelas instituições de ensino e serviços de saúde para a implantação da IDA.Uma das dificuldades, segundo DUARTE (1990), advém da abrangência do assunto, demonstrada em sua