HIV/aids no Brasil: feminização da epidemia em análise

Abstract

Resumo Este trabalho analisa a feminização da epidemia de HIV/aids no Brasil e a importância de considerar esse processo no planejamento de ações em saúde pública. A pesquisa foi desenvolvida por meio de revisão de literatura e estudo de dados oficiais do Ministério da Saúde. Os resultados mostram que ações eficazes no combate à infecção por HIV/aids entre as mulheres devem contemplar diferenças de gênero e condições socioculturais de cada região. O artigo ainda propõe que é imprescindível um processo amplo de educação em saúde, que abranja simultaneamente homens e mulheres e tenha foco no empoderamento e no cuidado de si e do outro.

Intercultural repertories of women on HIV/AIDS conceptions in na interethnic scenario

“…20,22 Health education actions must occur broadly, involving men and women in discussions about HIV infection, with the aim of developing paths for conscious empowerment and clarity of the emergence of self-care and care for others. 23 In this perspective, the study invites us to reflect on the possibility of (re)emergence of partnerships between health and indigenous education professionals together with village leaders in favor of health education actions. From this perspective, they can propose moments of educational interaction in the schools themselves, or in the social settings of each village, especially those attended by young people, for instance, in quadrilha junina (a style of collective folk dance very popular in Brazil) rehearsals, 24 extending to preparations for traditional festivities, or other areas of daily coexistence, including in digital media.…”

Repertórios interculturais de mulheres sobre concepções de HIV/AIDS em cenário interétnico

“…20,22 As ações de educação em saúde devem ocorrer de modo amplo, envolvendo homens e mulheres nas discussões sobre a infecção pelo HIV, com o objetivo de elaborar caminhos para o empoderamento consciente e clareza da emergência de autocuidado e cuidado do outro. 23 Nesse prisma, o estudo convida a refletir sobre a possibilidade de (re)surgirem parcerias entre profissionais de saúde e de educação indígena junto às lideranças das aldeias em prol de ações de educação em saúde. Nessa perspectiva, podem propor momento de interação educativa nas próprias escolas, ou nos cenários de convívio de cada aldeia, sobretudo naqueles frequentados por jovens, por exemplo, nos ensaios de quadrilha junina, 24 estendendo-se aos preparativos para as festividades tradicionais, ou outros campos de convivência cotidiana, inclusive nas mídias digitais.…”

Medicalization of Sexuality and Trans Situations: Evolutions and Transformations

“…From this perspective, the "fight against AIDS" has taken less account of issues of contraception and procreation and has often failed to consider the links and contradictions between the various forms of "protection" for sexual relations, especially heterosexual relations. There was a strong contrast between the Global North and its focus on Gay and Bisexual men and Intravenous Drug Users (IVDU) and the high prevalence of HIV infection among heterosexual women and men in countries from the Global South, such as Brazil for example [32]. We can, thus, see how the contours of risky sexuality and its health framework have been redrawn by implicitly excluding the most common form of sexual behavior from the field of risky sexuality and from public health interventions and recommendations [33].…”