“…Da mesma forma, os sentidos revelados através da cor sensível colada ao corpo evidenciam uma importante característica dos indígenas, a de não dissociarem corpo e mente.Macunaíma Colorau, fusão produzida entre corpo e cor, arte e vida, nos possibilita pensar as pessoas em situação de rua também através de certo hibridismo de modos de existir e se relacionar com a cidade. O adotar a rua como morada é balizado por motivos vários, assim como diversas são as maneiras de se relacionar com a cidade e as práticas higienistas produtoras de processos de (in)visibilidades e visibilidades seletivas, como apontam as pesquisas realizadas por José OurismarBarros (2014), Karine Carneiro (2016), Tadeu Farias e Raquel Diniz (2019), Aline Sicari(2018), TiagoLemões (2019), dentre outras. Assim como indígenas é expressão que acolhe uma ampla diversidade de povos, com seus rituais e costumes específicos, a expressão pessoas em situação de rua diz respeito a um público heterogêneo com diferentes modos de vida, ainda que tenham sido levadas a essa condição por conta do próprio sistema em que vivemos e seus complexos mecanismos de segregação, exclusão e opressão daquilo que não se adequa às normas social e historicamente construídas.SANTOS, Natália Alves dos; ZANELLA, Andréa Vieira.…”