Trago neste texto apontamentos sobre religião e política, a partir de duas estratégias. Tomo como referência, de um lado, o artigo Mulheres evangélicas para além do voto: notas sobre processos de engajamento, política e cotidiano, de Jacqueline Teixeira e Lívia Reis. De outro, cotejo-o com uma breve reflexão sobre a Teologia do Domínio e a aproximação de parte dos evangélicos com o bolsonarismo, exemplificada por Ana Paula e André Valadão. Proponho, fazendo eco às autoras, que as chaves de leitura atuais se centrem em sistemático escrutínio e revisão de categorias, como família e guerra espiritual, e em tomarmos como imprescindível análises a partir da variável gênero, que está indissociavelmente ligada a raça e classe.