O objetivo deste trabalho foi caracterizar a fitossociologia de plantas daninhas em cultivo de feijão-comum da cultivar BRS Ártico, em função de densidades de semeadura, no semiárido mineiro. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da Universidade Estadual de Montes Claros, UNIMONTES, em Janaúba, MG, nas safras de outono-inverno de 2016 e 2017. Os tratamentos consistiram em quatro densidades de semeadura (50, 100, 200 e 500 mil sementes ha-1). A coleta das plantas daninhas foi realizada por ocasião da colheita do feijão, coletando-se o sistema radicular e a parte aérea completa, pelo método do quadrado inventário (0,5 m x 0,5 m), lançado uma vez em cada parcela. As plantas daninhas coletadas foram identificadas por família, gênero e espécie, e logo após levadas à estufa de circulação forçada de ar a 65 °C até massa constante, para posterior pesagem da massa seca. Em cada parcela experimental foi determinado o número de indivíduos por espécie de planta daninha e o número total por coleta para posterior determinação das seguintes variáveis fitossociológicas: frequência relativa, densidade relativa, abundância relativa, dominância relativa, índice de valor de importância e índice de valor de cobertura. As médias dos dados obtidos foram estudadas por análise descritiva. Na maioria das condições estudadas as espécies dicotiledôneas predominaram, especialmente nas maiores densidades de semeadura. Houve predomínio das famílias Poaceae, Asteraceae e Fabaceae. De maneira geral, os maiores valores do índice de valor de importância e índice de valor de cobertura foram obtidos pelas espécies Sena obtusifolia, Eleusine indica, Dactyloctenium aegyptium.