2018
DOI: 10.1590/1984-6487.sess.2018.29.15.a
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Gerações, mudanças e continuidades na experiência social da homossexualidade masculina e da epidemia de HIV-Aids

Abstract: Resumo: Este artigo discute as mudanças e as continuidades na experiência social da homossexualidade masculina e da epidemia de HIV-aids no Brasil a partir da noção de geração. Privilegio dois marcos temporais: dos que vivenciaram a emergência da aids nos anos 1980 e dos que com ela se defrontaram a partir da implementação das terapias antirretrovirais, da segunda metade dos anos 1990 em diante. Para caracterizar o conjunto geracional mais velho, valho-me de resultados de pesquisas qualitativas junto a pessoas… Show more

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“…The fear of rejection is felt by many people living with HIV, including in Brazil (Giacomozzi et al, 2019;Simões, 2018), and taking into consideration different narratives from our research. If the possibility of transmission, albeit a remote one given an undetectable viral load still remains frightening and present in relation to the existence of HIV, among gay and bisexual men, such feelings may be articulated through an image of homosexuality as unrestrained.…”
Section: Promiscuit Y In Focus: Following Hiv Diagnosismentioning
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“…The fear of rejection is felt by many people living with HIV, including in Brazil (Giacomozzi et al, 2019;Simões, 2018), and taking into consideration different narratives from our research. If the possibility of transmission, albeit a remote one given an undetectable viral load still remains frightening and present in relation to the existence of HIV, among gay and bisexual men, such feelings may be articulated through an image of homosexuality as unrestrained.…”
Section: Promiscuit Y In Focus: Following Hiv Diagnosismentioning
confidence: 99%
“…Several studies have pointed out that HIV stigma continues to produce socio-affective barriers in the lives of those with a positive diagnosis (Flowers, 2010;Simões, 2018), with adverse effects on the sexual and mental health of gay and bisexual men in several places around the world (Anderson K E Y W O R D S biotechnologies, HIV and AIDS, HIV care, sexualities, stigma Berg et al, 2015;Ha et al, 2015), despite the advances in HIV treatment, and the apparent departure from "HIV/AIDS exceptionalism" towards HIV's "normalization" as a chronic disease (De Cock & Johnson, 1998, p. 291). In other words, despite important changes and discontinuities in the HIV and AIDS scenario-something that was previously seen as a "death sentence" is now a "life sentence" (Flowers et al, 2001)-problems and conflicts continue to exist (Squire, 2010), such as the uncertainties (Davis et al, 2006;Rosengarten et al, 2004) generated by new medical technologies for treatment and prevention.…”
Section: Introductionmentioning
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“…Atualmente o cenário das respostas do combate à epidemia de HIV/AIDS vem sendo significativamente modificado no Brasil, numa tentativa de adequação a metas globais de controle. Em relação à prevenção, destacam-se a incorporação dos testes rápidos no SUS e sua gradativa descentralização para a APS, a partir da Estratégia Saúde da Família (ESF), e para unidades móveis, em parceria com a sociedade civil, a ampliação e unificação das ações para a profilaxia pós-exposição (PEP), que trata-se de um medida de prevenção urgente, contra infecções virais, que consiste em tomar medicamentos antirretrovirais até 2 horas depois da exposição, até no máximo 72 horas depois, o tratamento só tem eficácia se administrado 28 dias consecutivos, essa medida de prevenção é usada em casos de violência sexual, relação sexual desprotegida e acidente ocupacionais, ocasionados por materiais perfuro cortantes, e a incorporação da profilaxia pré-exposição (PrEP) que é um medida preventiva de pessoas sem o vírus do HIV, no momento do ato sexual sem proteção, promovendo vida sexual mais saudável, o PrEP prescrito atualmente no Brasil é tenofovir e entricitabina, o tratamento de prevenção é indicado para pessoas de maior vulnerabilidade com praticas de maior risco, como os: Gay e homens que fazem sexo com outros homens, travestis e transexuais, profissionais do sexo, casais com sorologia diferentes, praticam relação sexual sem camisinha, no âmbito do SUS (Simões, 2018).…”
Section: Introductionunclassified
“…No que remete a predominância de jovens HSH, também é possível pensar que a história da epidemia do HIV/aids, com maior repercussão entre estes, também possibilitou uma maior organização entre os grupos de pares, incentivando a presença nos serviços. Como colocado por Parker e Daniel (1991) e mais recentemente por Simões (2018), no Brasil, em função das imagens distorcidas sobre a epidemia, observa-se o crescimento de preconceitos e discriminações, propiciando a luta contra a AIDS a partir de militâncias construídas entre grupos e organizações que buscaram por uma resposta mais efetiva. Portando, é necessário considerar que o estigma ainda se faz presente entre os profissionais dos serviços, e se associam também a um olhar que muitas vezes desqualifica usuários por serem jovens.…”
Section: Depois De Iniciar O Uso Da Pepsexualunclassified
“…Considerando que pertencer a uma geração implica em compartilhar uma mesma situação social que altera o tipo de herança cultural e as formas de pensar e viver (Mannheim, 1982). Simões (2018), coloca que processos contemporâneos de regulação das práticas sexuais e das expressões de gênero, acabam por instituir o perigo sexual como foco de intervenção, destacando nos sujeitos o não controle sobre o próprio desejo sexual.…”
Section: Depois De Iniciar O Uso Da Pepsexualunclassified