“Gentes provindas de outras terras” – ciência psiquiátrica, imigração e nação brasileira

Abstract

Imigração, nação, psiquiatria, história, Brasil

History of Psychology in Brazil: the different meanings of degeneration (1903-1930)

“…Some Brazilian authors, like Romero, were against that pessimistic view of racial mixing, and adopted a different position, suggesting racial mixing as a civilizing process, and considering the mixed-race individual "part of a necessary and useful transition [to the] superior type" (Romero, 1888, p. 305). Some even started to support the idea of gradual racial whitening in Brazil as a solution favorable to modernization (Venancio & Facchinetti, 2005), but there was no consensus reached on the idea as others opposed it. Nina Rodrigues, for instance, claimed that the increase in social requirements set by the modernization process would make the barbarian and wild side emerge within the mixed-race population, including the degeneration to anthropological (physical) and sociological inequalities that could never possibly be restored (Schwarcz, 2009).…”

“…Such a view was part of a wider debate on interpretations, deadlocks, and paths for the country ruled by sanitation ideas. Psychiatry, together with mental hygiene, education, and sanitation measures, would gradually create the required conditions for the development of a nation of healthy citizens (Venancio & Facchinetti, 2005). Juliano Moreira's ideas on the illness and the relationship with degeneration, however, would lose ground in the Brazilian scene in the 1930s due to the rise of a Nazi and eugenic German, which influenced the West as a whole.…”

História da psiquiatria no Brasil: uma revisão da produção historiográfica (2004-2009)

“…História Oral pode ser tomada, dependendo da sua utilização, enquanto método de investigação cientifica, fonte de pesquisa ou técnica de coleta de depoimentos (ALBERTI, 2008, p. 17). Testemunhos orais, gravados com o emprego da metodologia da História Oral, foram utilizados, em conjunto com outras fontes, por Borges (2007), Diaz (2008), Paiva e Yamamoto (2007), Pombo (2007), , Venancio (2005). Somente os trabalhos de Borenstein et al (2007) Veyne (2008) em uma reflexão a respeito da escrita da História, comenta que "como o romance, a História seleciona, simplifica, organiza, faz com que um século caiba numa página, e essa síntese da narrativa é tão espontânea quanto a da nossa memória, quando evocamos os dez últimos anos que vivemos" (p. 18).…”

“…Nessa perspectiva, textos originais, debates e autores representativos do processo de constituição desses saberes são retomados, analisados, contextualizados e postos em relação com a conformação de valores e questões que atravessaram as transformações ideológico-sociais da sociedade brasileira. Dentre esses fundadores do campo "psi", tomados como objeto de estudo, o mais discutido é Juliano Moreira [1873[ -1933GELMAN, 2008;PICCININI, 2005;SILVEIRA, 2008b;VENANCIO, 2004VENANCIO, , 2005FACCHINETTI, 2005 (SILVEIRA, 2008a(SILVEIRA, , 2008b(SILVEIRA, , 2009, Arthur Ramos JACÓ-VILELA, 2004;, Nise da Silveira [1905Silveira [ -1999 ALMEIDA, 2007;JABERT, 2008) e Escravidão e Psicopatia no Brasil (ODA, 2007(ODA, , 2008ODA, 2008). Na segunda categoria, "história institucional e o processo de institucionalização dos loucos", foram incluídos 21 trabalhos (30,4% da amostra).…”

Ordenando a babel psiquiátrica: Juliano Moreira, Afrânio Peixoto e a paranoia na nosografia de Kraepelin (Brasil, 1905)

“…Interessado em psiquiatria e em medicina legal, foi professor da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro e diretor do Instituto Médico-Legal, seguiu carreira política e exerceu cargos importantes na área de educação, tendo sido também membro da Academia Brasileira de Letras. (Oda, Dalgalarrondo, 2001).4 Sobre biografia e trajetória de Juliano Moreira ver, entre outros autores,Oda, Dalgalarrondo, 2001, Venancio, Facchinetti, 2005 e Venancio, 2004…”