Gênero, direitos sexuais e suas implicações na saúde

Abstract

This article is an objective examination of aspects of gender and sexual rights, and their implications in the field of health field, using the methodology of an essay. The first part discusses femicide, highlighting that there are deaths of women due to the fact of being women, which constitute what could be described as the crimes of lèse-humanité or 'femi-genocide'. The second part discusses sexual and gender diversity, with an emphasis on the fragility of the 'right to have rights' expressed in the deterioration in health conditions of the population that is LGBTI (Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites, Transsexuals and Intersex). Finally, the essay discusses recognition of gender plurality, and the limitations imposed on the rights of non-usual normativebodies bodies; criticism is directed at reiteration of the binary and cisgender normative ethos, which can exacerbate the health vulnerability of people with trans and other non-normative bodies and identities. It is concluded that, in the 30 years' existence of Brazil's Unified Health System (SUS), there have been advances in the political sphere, many of them created by or as a result of social movements, and initiatives that seek to confront femicide and the inadequate assistance available to LGBTI people. In the context of these challenges, it is reiterated that there is a necessary relationship between promotion of health and protection of human rights related to gender and sexuality.

Percepção do autocuidado por homens com derivações urinárias permanentes: desafios para a prática de enfermagem

“…Os homens com derivação urinária conseguem lidar de forma mais tranquila com as situações rotineiras, como alimentação e higiene, mas ao exercerem as atividades mais complexas, demonstram que ainda não assimilaram conhecimento necessário para desenvolver práticas de autocuidado. A capacidade de realizar o autocuidado está diretamente relacionada a aspectos condicionantes que afetam sua prática, como o ambiente, gênero, estado de saúde, a idade, orientação sociocultural, situação social e financeira 17 .…”

“…Esse homem enfrenta a desconstrução das atribuições associadas à sua imagem relativa ao gênero masculino, como a percepção frente à vulnerabilidade exposta associada à nova condição 17,20 . É possível perceber como a perspectiva do gênero masculino e a representação social influenciam o comportamento, hábitos e qualidade de vida dos participantes do estudo.…”

Aspectos Socioemocionais Envolvidos Na Transexualidade

“…Porém, essa classificação leva em consideração apenas o aspecto genital ou o sexo cromossômico do indivíduo. Com o passar dos anos, aquelas pessoas que não se identificam com o gênero designado ao nascer a partir do reconhecimento do sexo genital ou do sexo cromossômico são designadas ou consideradas transexuais (GOMES et al, 2018;MONTENEGRO;REZENDE, 2018).…”

Notícias sobre a nova classificação das identidades trans: uma análise das fontes citadas em reportagens publicadas no Brasil

“…No caso das militares trans citadas, essa violência as alijou do trabalho, retirando delas uma esfera de realização. A normatividade cisgênera e binária reforça a vulnerabilidade em saúde de pessoas trans e de outras identidades e corpos que não se alinhem a essa norma43 . Nesse sentido, é útil não perder de vista a concepção de que as produções discursivas a respeito de gênero na saúde conformam e são conformadas, numa via de mão dupla, pelas práticas sociais da própria saúde e de outros campos: "O único mapa seguro que guia o olhar do médico e dos membros da equipe são as verdades estabelecidas socialmente para os gêneros, portanto estamos no nível do discurso.…”