Fungigação No Controle Do Mofo Branco E Produtividade Do Feijoeiro Em Condições De Cerrado Brasileiro

Abstract

RESUMOO presente estudo objetivou determinar a severidade da doença mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary) e os componentes de produção do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.), var. Pérola, submetido a aplicação do fungicida procimidone (Sialex 500), via fungigação (pivô central) e pulverizador automotriz (Uniport). O estudo foi realizado sob condições de produção comercial em campo, no município de Primavera do Leste -MT. O experimento constou de 5 tratamentos (com 4 repetições de 4 ha cada), sendo 4 deles envolvendo duas aplicações de procimidone (1,2 kg ha -1 cada aplicação), aos 42 dias e aos 52 dias após o plantio (DAP), e um deles sem aplicação deste produto, com delineamento experimental de blocos casualizados. Foram testadas as lâminas de água de 5,5 e 11,0 mm na aplicação via pivô central, proporcionando assim volume de calda de 55.000 e 110.000 L ha -1 , respectivamente, e os volumes de 120 e 200 L ha -1 de calda no pulverizador automotriz. O critério adotado em todas as avaliações da severidade da doença foi o da porcentagem da área foliar lesionada utilizando escala diagramática de severidade da doença mofo branco. Os valores foram usados para calcular a área abaixo da curva de progresso de doença (AACPD). Foram analisados também, o número dos apotécios do fungo durante o ciclo da cultura e o peso dos escleródios residuais do patógeno na colheita. Nesta ocasião foram avaliados os seguintes componentes da produção da cultura: número de plantas por parcela (stand final), número de vagens por planta, número de grãos por vagem, peso médio de 200 grãos e produtividade de grãos. Os valores da AACPD, apotécios aos 42, 49 e 56 DAP, escleródios em 2 kg de solo e os parâmetros de produtividade da cultura foram submetidos à análise de variância e ao teste de comparação de médias de Tukey no nível de 5 % de significância, utilizando o programa computacional STAT. Nas condições experimentais em que se desenvolveu o trabalho, não foram constatadas diferenças significativas entre as diferentes técnicas de aplicação estudadas em relação ao parâmetros de produtividade, porém, melhores resultados de controle da doença mofo branco, menor número de apotécios por m 2 aos 49 e 56 DAP e menor peso dos escleródios residuais na colheita foram obtidos com a aplicação do fungicida via pivô central, independentemente do volume de calda utilizado. UNITERMOS:Phaseolus vulgaris L., Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary, fungigação.

Control of white mold of dry bean and residual activity of fungicides applied by chemigation

“…In 2013, procymidone showed greater reduction in weight of residual sclerotia and greater reduction in number of sclerotia collected in soil irrigated at the highest level (6 mm). Our results are consistent with a previous study using procymidone that compared chemigation (5.5 and 11 mm) with ground application and showed chemigation at the highest level resulted in the best disease control, fewer apothecia and lower weight of residual sclerotia at harvest (Venegas and Saad, 2010). In our study, however, reduction in number of sclerotia collected from soil after fluazinam treatment was greater when irrigation levels were lower in 2013.…”

“…For white mold disease control in dry bean, some studies suggest chemigation facilitates better ground penetration and reduces apothecial development (Venegas and Saad, 2010) and is equivalent to fluazinam applied directly to the soil (Vieira et al, 2003). For farmers with an irrigation system already in place, application of fungicides via chemigation can save time.…”

Incidence and severity of white mold in common bean submitted to different cultivation practices

“…de Bary (Tolêdo-Souza & Costa, 2003). Venegas & Saad (2010) and Machado et al (2015) claim that white mold is the main limiting disease in the common bean cultivation in the winter. In this period, irrigation promotes favorable conditions to the disease, which finds adequate temperature and humidity (Napoleão et al, 2006).…”