FREQUÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS: um estudo com crianças de uma creche de Santa Cruz do Sul - RS

Abstract

RESUMOAs infecções causadas por parasitoses intestinais apresentam ampla distribuição mundialmente, principalmente nos países em desenvolvimento, sendo assim, um sério problema de saúde pública. Objetivo: verificar a frequência de parasitoses intestinais em crianças de uma creche de Santa Cruz do Sul, com idades entre 0 a 5 anos e meio, bem como caracterizar o perfil sociodemográfico e de moradia dos sujeitos. Método: estudo transversal, em que foram coletadas amostras fecais de 31 crianças. Estas amostras foram submetidas ao método de Hoffman, Pons e Janer. Para a avaliação do perfil sociodemográfico e condições de moradia, foi aplicado um questionário com os pais e/ou responsáveis dos sujeitos. Resultados: observa-se alta a positividade de parasitoses (32,3%), não apresentando diferença significativa entre o sexo masculino e feminino. Foram encontrados dois tipos de parasitos nas amostras, sendo o protozoário Giardia lamblia, o mais frequente (90,0%), seguido pelo helminto Ascaris lumbricoides (10,0%). De acordo com as características sociodemográficas e de moradia, observa-se que os pais dos sujeitos apresentam, em sua maioria, escolaridade baixa, moradia do tipo alvenaria (51,6%), rede pública de esgoto (58,1%) e sistema de abastecimento de água (80,6%). Apesar disso, é relevante destacar que muitos sujeitos não possuem condições adequadas de saneamento básico. Outro fator importante é o consumo de água para beber direto da torneira (74,2%), o solo, como local para brincadeiras das crianças, bem como o alto percentual de animais de estimação presentes nas residências dos sujeitos (74,2%). Considerações finais: torna-se fundamental a implementação de programas e estratégias de educação em saúde, objetivando a prevenção e minimização das parasitoses intestinais, engajando neste processo, órgãos governamentais, educadores, profissionais da área da saúde, pais e responsáveis, além da comunidade em geral.

Fatores condicionantes para a ocorrência de parasitoses entéricas de adolescentes

“…Os entrevistados utilizam água encanada para beber e, até mesmo, preparar seus alimentos. A água é um meio importante de transmissão das parasitoses de veiculação hídrica, sendo que, nos lugares com más condições de saneamento e falta de tratamento de água, as doenças parasitárias são predominantes [11][12][13][14][15][16][17] . Nesse sentido, o saneamento básico resulta em benefícios duradouros para a comunidade, sendo imprescindível a construção de redes de esgotos e o tratamento de água para prevenir as doenças de veiculação hídrica 18 .…”

Parasitoses intestinais e a inter-relação com os aspectos socioeconômicos de indivíduos residentes em um povoado rural (Rosápolis de Parnaíba-PI)

“…Ainda que as condições de saneamento básico e hábitos higiênico-sanitários tenham passado por substanciais e visíveis melhorias nos últimos anos, particularmente nas cidades mais desenvolvidas, fato este que tem reduzido a prevalência das parasitoses intestinais [27][28][29], essas infecções ainda atingem muitos indivíduos, especialmente crianças [30], adolescentes [23], idosos [17] e moradores de regiões economicamente carentes localizadas nas periferias dos grandes centros [9,22,[31][32]. É importante ressaltar que as infecções por enteroparasitos possuem tratamento rápido, eficiente e de baixo custo [33].…”

“…O estudo conduzido por Biasi et al (2010) [7] com crianças de uma entidade assistencial no município de Erechim (RS), que apresenta IDHM de 0,776, mostrou prevalência de parasitoses de 54,5%. O estudo de Reuter et al (2015) [30] com crianças de creches no município de Santa Cruz do Sul (RS) revelou uma prevalência de 32,3%, mesmo apresentando um IDHM de 0,773. Essas situações de valores discrepantes de prevalência revelam como a avaliação dos fatores socioeconômicos em relação ao risco de infecções por parasitos intestinais é uma variável complexa de ser estudada.…”

“…Dentre os parasitos encontrados, verifica-se que Giardia duodenalis e Ascaris lumbricoides, respectivamente nas classes de protozoários e helmintos, correspondem às principais espécies patogênicas encontradas em estudos epidemiológicos desta natureza nas cidades brasileiras [7,[30][31]. Mais uma vez, é importante ressaltar que as espécies comensais, não patogênicas, como Entamoeba coli e Endolimax nana também foram relatadas em diversos outros estudos e estão relacionadas aos indicadores de contaminação oral-fecal, visto que em geral, esses agentes compartilham formas similares de transmissão [25][26][27][28].…”

Perfil Sociodemográfico E Epidemiológico De Candidatos De a Doação De Sangue

“…Isso se deve a questões culturais, uma vez que esse tipo é pouco divulgado e indicado por médicos, por exemplo, em cirurgias eletivas, que por serem agendadas poderiam, em sua maioria, oferecer essa opção aos pacientes (12) . Esse dado assemelha-se com outros estudos que observaram apenas 0,02% de doações autólogas (13)(14) . Pôde-se observar nessa pesquisa que não existe uma regra ou um parâmetro para a porcentagem de aptidão e de inaptidão dos candidatos à doação de sangue quanto ao tipo de doação.…”