2009
DOI: 10.15848/hh.v0i3.70
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Ficção, literatura e história através da “Crônica do descobrimento do Brasil (1840), de Francisco Adolfo de Varnhagen

Abstract: Inspirando-se no debate da crítica literária alemã e no trabalho de Luiz Costa Lima, este artigo procura questionar os aspectos ficcionais do relacionamento entre as então recém nascidas disciplinas da literatura e da história através da análise da "Crônica do descobrimento do Brasil", de autoria de Francisco Adolfo de Varnhagen e primeiramente publicada nas páginas do periódico português O Panorama. O texto, uma documentada recriação literária do descobrimento do Brasil, cria, paradoxalmente, através do docum… Show more

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“…No que tange à caracterização do texto em questão, a proposta é, em si, representativa do uso da literatura de viagem como recurso narrativo ficcional, posto que recria a descoberta do Brasil pelos portugueses, em 1500, a partir da famosa carta de Pero Vaz de Caminha e outros testemunhos. Esta recriação inverte o tradicional relacionamento entre documento histórico e formas ficcionais, na medida em que o registro do passado fornece elementos não exatamente para comprovação da verdade, mas, ao contrário, alimenta a verossimilhança, como examinou Pedro Telles da Silveira (Silveira, 2009). Ainda no início do texto apresentado em formato de folhetim, distribuído em números diversos de O Panorama, ao ressaltar as "esperanças, curiosidade e vertigem descobridora dos portugueses daquela idade", Varnhagen esperava contribuir para facilitar a elaboração de futuras epopeias que tivessem como tema o descobrimento do Brasil e Pedro Álvares Cabral como herói (Varnhagen, 1840, p. 21).…”
Section: Para Uma Noção Alargada De Históriaunclassified
“…No que tange à caracterização do texto em questão, a proposta é, em si, representativa do uso da literatura de viagem como recurso narrativo ficcional, posto que recria a descoberta do Brasil pelos portugueses, em 1500, a partir da famosa carta de Pero Vaz de Caminha e outros testemunhos. Esta recriação inverte o tradicional relacionamento entre documento histórico e formas ficcionais, na medida em que o registro do passado fornece elementos não exatamente para comprovação da verdade, mas, ao contrário, alimenta a verossimilhança, como examinou Pedro Telles da Silveira (Silveira, 2009). Ainda no início do texto apresentado em formato de folhetim, distribuído em números diversos de O Panorama, ao ressaltar as "esperanças, curiosidade e vertigem descobridora dos portugueses daquela idade", Varnhagen esperava contribuir para facilitar a elaboração de futuras epopeias que tivessem como tema o descobrimento do Brasil e Pedro Álvares Cabral como herói (Varnhagen, 1840, p. 21).…”
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