2010
DOI: 10.5380/ce.v15i2.17865
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Fatores Relacionados Com as Reinternações De Portadores De Esquizofrenia

Abstract: RESUMO: Este estudo de caráter descritivo objetivou identificar os fatores envolvidos nas reinternações dos portadores de esquizofrenia de um hospital psiquiátrico em uma capital brasileira. Os sujeitos da pesquisa foram portadores de esquizofrenia com histórico de três ou mais internações na instituição, no período de um ano. Dados secundários foram coletados com pesquisa documental e os dados primários com entrevistas com os responsáveis pelos pacientes. Como fatores relacionados às reinternações estão a não… Show more

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“…Considerando o abandono precoce dos três participantes e as suas verbalizações para o justificar (e.g., "não gosto disto", "gosto mais de outras atividades", "não consigo fazer nada de jeito"), pode o mesmo ser explicado pela falta de motivação relativamente a este tipo de atividade, facto este abordado por (Crawford et al, 2012), quando referem que nem todos os doentes estão motivados para intervenções que utilizam atividades criativas como recurso terapêutico. Relativamente aos dados obtidos, referentes às habilitações literárias dos participantes, verificou-se que vão ao encontro da revisão de literatura efetuada, onde é referido que, a maior parte destes doentes, apresenta um baixo nível de escolaridade (Marques-Teixeira, 2007;Pinheiro et al, 2010), facto este verificado ainda, relativamente às baixas taxas de casamento (Louzã Neto & Elkis, 2007;Marques-Teixeira, 2007), às baixas taxas de emprego (Marques-Teixeira, 2007;Pinheiro et al, 2010) e ao não reconhecimento da doença pelo próprio, que ocorre num grande número de casos (Afonso, 2010;Louzã Neto et al, 2007;Pedinielli et al, 2006;Vaz-Serra et al, 2010).…”
Section: Discussionunclassified
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“…Considerando o abandono precoce dos três participantes e as suas verbalizações para o justificar (e.g., "não gosto disto", "gosto mais de outras atividades", "não consigo fazer nada de jeito"), pode o mesmo ser explicado pela falta de motivação relativamente a este tipo de atividade, facto este abordado por (Crawford et al, 2012), quando referem que nem todos os doentes estão motivados para intervenções que utilizam atividades criativas como recurso terapêutico. Relativamente aos dados obtidos, referentes às habilitações literárias dos participantes, verificou-se que vão ao encontro da revisão de literatura efetuada, onde é referido que, a maior parte destes doentes, apresenta um baixo nível de escolaridade (Marques-Teixeira, 2007;Pinheiro et al, 2010), facto este verificado ainda, relativamente às baixas taxas de casamento (Louzã Neto & Elkis, 2007;Marques-Teixeira, 2007), às baixas taxas de emprego (Marques-Teixeira, 2007;Pinheiro et al, 2010) e ao não reconhecimento da doença pelo próprio, que ocorre num grande número de casos (Afonso, 2010;Louzã Neto et al, 2007;Pedinielli et al, 2006;Vaz-Serra et al, 2010).…”
Section: Discussionunclassified
“…De quadro clínico diverso e podendo a sintomatologia alterar-se ao longo do curso da doença, tem como característica central a perda de contacto com a realidade (Afonso, 2010;Neto, 2006;Pedinielli & Gimenez, 2006;Vaz-Serra, Pereira & Leitão, 2010). Esta, pode instalar-se de forma insidiosa ou aguda (Afonso, 2010;Ayuso & Miralles, 2006;DSM-IV-TR, 2002), sendo que, o período de maior risco, situa-se entre o final da adolescência e o início da idade adulta (Afonso, 2010;Ayuso et al, 2006;DSM-IV-TR, 2002;Neto, 2006;Pinheiro, Cazola, Sales, & Andrade, 2010;Vaz-Serra et al, 2010), podendo no género feminino ocorrer mais tardiamente (Afonso, 2010;Centeno, Pino & Rojo, 2006;Castle, McGrath & Kulkarni, 2003;DSM-IV-TR, 2002), porém, não sendo o fator idade considerado como determinante na exclusão do diagnóstico da doença (Afonso, 2010;Vaz-Serra et al, 2010), raramente ocorre antes dos dez ou depois dos 50 anos de idade (Bragança, Matos & Sousa, 2003;Centeno et al, 2006;Cordeiro, 2005;VazSerra et al, 2010). No presente, a necessidade de intervenções multidisciplinares na reabilitação das pessoas com esquizofrenia é consensual (Gonçalves-Pereira, Xavier, Neves, Barahona-Correa & Fadden, 2006;Sá Júnior & Souza, 2007), sendo a intervenção farmacológica com recurso a antipsicóticos, o primeiro passo no tratamento da doença (Afonso, 2010;Braconnier, 2007;Caballo, 2008;Cordeiro, 2005;Gonçalves-Pereira et al, 2006).…”
unclassified
“…As situações que contribuem para a necessidade de recorrer ao internamento em instituição psiquiátrica versam sobre a não adesão ao tratamento medicamentoso, falta de acompanhamento após a alta hospitalar, de informação e orientação disponibilizada à família, a exclusão social pela estigmatização da loucura e à dificuldade em garantir a continuidade do tratamento na rede de serviços extra-hospitalares que deem conta do atendimento e intervenção nos momentos de crise [12][13][14] .…”
Section: Sucessivas Internaçõesunclassified
“…Os achados da referida pesquisa alertam para a persistência das reinternações psiquiátricas no cotidiano dos serviços de saúde mental. Tal fato merece atenção, visto que as reospitalizações em psiquiatria se configuram como um alerta epidemiológico para a necessidade de acompanhamento das mudanças nas práticas assistenciais e que hospitalizações frequentes podem gerar a cronificação da doença, aumento do isolamento e distanciamento do mundo real, privação do convívio familiar e social e fixação de estigmas (5)(6) .…”
Section: Introductionunclassified