Todo paciente diabético, cuidador/familiar deve ser orientado sobre as alterações presentes nos pés, assim como ter esclarecimentos quanto às implicações da neuropatia, da doença vascular, cuidados de higiene, corte adequado de unhas e o calçado apropriado a ser usado. Objetivou-se avaliar o conhecimento de pacientes diabéticos sobre o cuidado com os pés e verificar a adesão após intervenção educativa durante a hospitalização, a consulta no ambulatório e o pós-alta hospitalar. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 20 pacientes diabéticos tipo 2, atendidos e orientados em um hospital geral de Porto Alegre, em dois momentos: pré-orientação e pós-orientação. Como resultado, 65% dos pacientes foram do sexo masculino e com idade média de 60,2 anos. Houve diferença estatisticamente significativa após intervenção educativa nas seguintes variáveis: exame diário dos pés (p = 0,008), cuidado com a temperatura adequada da água antes da lavagem (p=0,031), deixar os pés de molho (p=0,004), hidratar os pés (p=0,002), uso de meias com costura para fora ou sem costuras (p=0,008), corte da unha no formato reto (p= 0,002), retirada de cutícula (p=0,008) e o calçado com solado grosso e antiderrapante (p=0,008). A intervenção educativa contribuiu para melhorar o conhecimento e permitiu a mudança comportamental relatada pelos participantes sobre os cuidados com os pés.