Fatores associados ao conhecimento de locais públicos de esporte e lazer nas capitais brasileiras

Abstract

O objetivo foi avaliar o conhecimento sobre locais públicos de esporte e lazer nas capitais brasileiras e sua relação com fatores sociodemográficos e do ambiente urbano. Estudo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, edição no ano de 2013, inquérito de base domiciliar, representativo da população adulta residente em todas as capitais do Brasil. A variável de desfecho foi conhecimento sobre locais públicos de esporte e lazer. As variáveis de exposição foram sexo, faixa etária, escolaridade e Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU), que avalia as condições coletivas de vida na cidade por meio dos dados do Censo Demográfico de 2010. Realizou-se análise bivariada através do teste Qui-quadrado e correlação de Pearson. Dos 27.017 entrevistados, 56,6% (IC95%: 55,1 - 58,1) relataram conhecer locais públicos de esporte e lazer, sendo maior entre homens (58,2% vs 55,3%) e mais escolarizados (45,5% de 0 a 4; 49,2% de 5 a 8; 55,2% de 9 a 11; 68,2% de 12 anos ou mais). Não foi observada diferença entre as faixas etárias. Foi observada correlação positiva entre proporção de conhecimento e IBEU (r = 0,709; p < 0,05). As capitais com melhores indicadores de conhecimento e do ambiente urbano foram Vitória, Brasília, Goiânia e Curitiba. Diante disso, a melhoria e criação de espaços públicos de lazer deve considerar as desigualdades na sua distribuição em relação ao ambiente e as características sociodemográficas da população, para contribuir para a promoção da atividade física e, consequentemente, para melhorar a saúde e equidade social.

Skeletal Muscle Discomfort and Lifestyle of Brazilian Military Police Officers of Administrative and Tactical Force

“…Unpublished data of our laboratory demonstrated that military police officers from the metropolitan region of Vitória/ES, with a mean age, BMI, and length of service similar to those of the participants in our study, also had a good or very good lifestyle. In addition, Prando et al pointed out that the lower prevalence of chronic diseases in military police officers in the metropolitan region of Vitória/ES was related to a healthy lifestyle [29], which could be related to socioeconomic and environmental characteristics [30][31][32].…”

Ambiente obesogênico: uma cartografia do ambiente alimentar comunitário de uma capital do Nordeste

“…Porém, no Brasil, um estudo relatou que apenas 28,3% dos indivíduos relataram a presença de instalações públicas de lazer ou de baixo custo em sua vizinhança (Sallis et al, 2009) e em outro estudo nacional, 56% dos entrevistados relataram ter conhecimento sobre os locais públicos de esporte e lazer (Agrizzi et al, 2021). Sabe-se que há resultados positivos à saúde da população quando há espaços urbanos públicos propícios para a prática de atividade física, como demonstrado no estudo de Durand et al, onde a presença de praças e de parques foi relacionada a maiores níveis de atividade física no lazer e, consequentemente, menores taxas de sobrepeso e obesidade (Durand et al, 2011).…”

“…Isso pode ocorrer devido a questões individuais ou por questões de ambiência, uma vez que esses ambientes podem ser, muitas vezes, inseguros e perigosos, e apresentarem barreiras estruturais, como iluminação insuficiente das ruas, trânsito intenso, e calçadas e instalações recreativas inadequadas, o que reduz as taxas de atividade física ao ar livre (Mendes, 2012;Nascimento et al, 2015). E de fato, um estudo nacional demonstrou que o maior conhecimento de locais públicos para prática de atividade física foi observado em cidades onde foram avaliadas melhores condições ambientais urbanas (Agrizzi et al, 2021). Research, Society and Development, v. 10, n. 11, e327101119578, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19578…”