Família E Atenção Psicossocial: O Cuidado À Pessoa Que Faz Uso Abusivo De Álcool E Outras Drogas

Abstract

Resumo: Objetivo: Discutir e analisar a produção científica nacional existente sobre o papel da família e sua influência no processo de cuidado do seu ente com necessidades decorrentes do uso abusivo de drogas nos serviços de saúde mental. Método: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura por meio de consulta às bases de dados SciELO, LILACS e Biblioteca Virtual em Saúde. A análise dos dados deu-se por meio da técnica da análise do conteúdo, sendo identificadas quatro categorias: 1) o convívio em família e suas demandas; 2) as estratégias de cuidado ofertadas às famílias; 3) dificuldades para a inserção da família no tratamento do seu ente; e 4) a inserção da família no tratamento: quais os benefícios? Resultados: Os resultados indicam que a participação da família no processo de cuidado do seu ente pode proporcionar melhorias no seu tratamento, dando-lhe apoio e suporte, além de favorecer a adesão ao tratamento. Conclusão: Há a necessidade de investimentos em estratégias de cuidado centradas nas reais demandas da família, e não apenas como mais uma ação enfocada no manejo com o seu familiar com necessidades decorrentes do uso do álcool e outras drogas. Palavras-chave: Serviços de Saúde Mental, Drogas Ilícitas, Relações Familiares. Family and psychosocial attention: care for the person with abusive use of alcohol and other drugs Abstract:Objective: To discuss and analyze the existing scientific literature on the role of the family and its influence on the care process of a relative due to drug abuse, in mental health services. Method: We conducted an integrative literature review through consultation with the databases SciELO, Lilacs and Virtual Health Library. Data analysis used the content analysis technique, four categories were identified: 1) family conviviality and their demands; 2) care strategies offered to the families; 3) difficulties for the family's insertion in the relative's treatment; and 4) benefits of family involvement in the treatment. Results: The results indicate that family involvement can improve their treatment, providing support and support, and promote adherence to treatment. Conclusion: We conclude that there is need for investment in care strategies focused on the actual family demands.

Guidelines to the families of mental health service users from the multi-professional team’s perspective

“…Despite informing actions that would contribute to the family integration in the context of care and needs to be attended in its many aspects, the guidelines provided, concentrated on information about the pathology and dynamics of the service itself. Actions aimed at the families of people addicted to alcohol and other drugs must be expanded to benefit and enhance relationships in this area (2,5) .…”

“…So, the family, which was once understood as a triggering factor of the individual's health condition, starts to play an important role in supporting its member, besides being characterized as a real intervention space. For this reason, it began to receive greater attention from mental health services, and even became part of the global process of attending to mental illness (5) .…”

Daily life of women with alcoholic companions and the provided care

“…the family also needs to modify harmful habits that add damage to the environment, through a mutual complicity in the care and recovery process. the partner's involvement in this process is crucial, because staying away from alcohol and alcoholic consumption will stimulate her partner to keep selfcontrol (Belotti et al 2017).…”

(Re)conhecimento dos profissionais da saúde sobre a reforma psiquiátrica

“…Nesse sentido, ações que envolvam a oferta de atendimento diário, reinserção social e promoção do exercício dos direitos civis e fortalecimento da rede de apoio são fundamentais no cuidado em saúde mental. 19 Seis profissionais entrevistados na presente pesquisa entendem que a Reforma Psiquiátrica trouxe mais autonomia aos usuários da saúde mental, a partir dessa nova forma de cuidado, os usuários podem ser protagonistas no próprio tratamento. O novo modelo preconizado pela Reforma Psiquiátrica é compreendido como um cuidado que prioriza os direitos dos usuários da saúde mental enquanto cidadãos.…”

“…Para isso, é necessário que a Educação Permanente, tanto para os profissionais como para os demais segmentos da sociedade, faça parte desse processo de mudanças na forma de cuidado em saúde mental. 19,25 Existe uma discussão em relação à prática do que está na Lei da Reforma Psiquiátrica. Oito entrevistados relataram que ainda é necessário avançar para que a Política de Saúde Mental se consolide.…”