A deficiência intelectual se caracteriza por déficits cognitivos relacionados ao funcionamento adaptativo, assim como dificuldades em compreender, aprender e aplicar informações, com consequente prejuízos para alimentação e estado nutricional desses indivíduos. O objetivo deste estudo foi avaliar ações de educação nutricional em indivíduos com deficiência intelectual. Método: Estudo do tipo quantitativo e longitudinal com indivíduos adultos que frequentam a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) Rural de Guarapuava -PR. Foram propostas atividades de educação nutricional em três encontros; no primeiro, foi utilizada a pirâmide alimentar como base das atividades, sendo abordada sua importância e os grupos alimentares; no segundo e terceiro encontros, foram utilizados materiais lúdicos para abordar os temas de qualidade/autonomia na alimentação. Por meio de questionários desenvolvidos pela primeira autora, foi analisado o conhecimento sobre alimentação e autonomia dos alunos, antes e após as atividades de educação nutricional, assim como foram avaliados pais ou responsáveis em relação à autonomia dos filhos. Resultados: Participaram 47 alunos, com média de idade de 32,4 anos. O perfil nutricional que prevaleceu foi eutrofia, em 34% (n=16) dos participantes. Antes das ações de educação nutricional, o conhecimento sobre grupos de carboidratos foi o que apresentou menor percentual de acertos, após as ações, o grupo dos alimentos que devemos evitar foi o que revelou melhor compreensão. Conclusão: As ações de educação nutricional foram efetivas para esse público, proporcionando aos alunos com deficiência intelectual uma melhora no conhecimento em relação a nutrição e a alimentação saudável, analisando o antes e depois das ações.