Expectativas e sentimentos das puérperas acerca do trabalho de parto e parto

Abstract

Objetivo: compreender as expectativas que as puérperas têm em relação ao trabalho de parto e parto e, quais os sentimentos que o período periparto despertou nessas mulheres. Metodologia: estudo qualitativo, realizado em um hospital de ensino do sul do Brasil, cujos critérios de inclusão foram: puérperas que tiveram gestação de baixo risco e que passaram por trabalho de parto e parto vaginal. E, os critérios de exclusão: mulheres que, durante o trabalho de parto tiveram intercorrências, cesárea indicada durante ou, após o parto, não estavam com seus bebês. A coleta dos dados ocorreu por meio da entrevista semiestruturada e analisados através da Análise de Conteúdo. Resultados: Posterior a análise, emergiu uma categoria: Percepção das puérperas acerca do trabalho de parto e parto, a qual foi distribuída em duas subcategorias: Expectativas acerca do trabalho de parto e parto e, sentimentos relacionados ao trabalho de parto e parto. Foi possível perceber o despreparo e a falta de conhecimento das mulheres sobre o processo de nascimento, relatos de expectativas positivas, porém superficiais e sentimentos negativos, como sofrimento, medo, dor, ansiedade demonstrando importante falha na assistência pré-natal. Conclusão: Conclui-se que há desinformação entre as mulheres sobre a complexidade do parir, o que lhes retira o poder de decisão e autonomia sobre o parto.

Tecnologias não invasivas de cuidado ao parto normal: Percepção de puérperas

“…É neste momento, que a assistência humanizada pode auxiliar, pois o apoio, as práticas de conforto e técnicas não farmacológicas de alívio da dor proporcionam à parturiente momentos de relaxamento e, com isso, há uma diminuição das sensações dolorosas entre um período e outro de contração (Sheen & Slade, 2018;Hanum, et al, 2017). Em estudo realizado com puérperas no sul do Brasil foi destacada a relevância da atuação dos profissionais como educadores em saúde, a fim de promoverem o conhecimento acerca das TNIC no parto normal, para empoderar as mulheres e, com isso permitir que decidam os caminhos relativos ao seu trabalho de parto de forma consciente sendo as protagonistas desse momento do seu viver (Santana, et al, 2020).…”

Conhecimento das gestantes sobre os sinais de trabalho de parto em tempos de pandemia/ Knowledge of pregnant women about the signs of labor in birth in times of pandemic

“…Um estudo apresentou resultado similar, no qual a maioria das gestantes, que já estavam no 3ºtrimestre, afirmaram não ter tido nenhuma conversa sobre o parto nas consultas (TOSTES & SEILD, 2016;BEZERRA, 2019). Vale ressaltar que essas orientações geralmente são destinadas às gestantes que estão na segunda metade da gravidez, todavia, se existir a possibilidade é relevante iniciá-las precocemente (PEIXOTO, 2018;SANTANA et al, 2020).…”

“…Nesse sentido, o Ministério da Saúde preconiza como estratégia de ações previstas no pré-natal a educação em saúde, seja por ações individuais como também por meio de grupos, com o objetivo de estreitar o vínculo entre profissional de saúde e gestante, fortalecer a troca de conhecimentos e empoderar essas mulheres (RIBEIRO et al, 2016;FRANCHI et al, 2020) Sobre a categoria "Acompanhamento e adaptação do pré-natal durante a Covid 19" as gestantes estavam percebendo a diferença nos atendimentos, no entanto, a continuidade foi mantida na unidade de saúde, a preocupação com o vírus é real, já que ele ataca principalmente os grupos de riscos, ou seja, os mais vulneráveis. Dentre esses grupos, destacamos as gestantes e puérperas, que inicialmente não foram consideradas como grupo de risco, mas atualmente com as pesquisas e análises dos casos existentes foi verificado um maior risco de complicações maternas, principalmente no 3° trimestre e no puerpério, inclusive com casos de mortes maternas (PEIXOTO, 2018;SANTANA et al, 2020). Sendo importante o serviço de saúde estar em conformidade com os protocolos e recomendações do Ministério da saúde, seguindo as recomendações da permanência do atendimento, com agendamento prévio por horário, distanciamento social e estímulo ao uso de máscara e álcool em gel.…”

Uso de métodos não farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho de parto e sua relação com a redução de ansiedade puerperal em uma maternidade da Rede SUS de Aracaju

“…Estes dados sugerem que, de uma forma geral, o potencial terapêutico dos métodos não farmacológicos de alívio da dor ainda é pouco aproveitado nas maternidades brasileiras da Rede SUS e até desconhecido (Sousa, Sena, & Cunha, 2021;Alves et al, 2021;Santana et al, 2020), e que a execução dessas práticas ainda é muito pontual ao longo do país e está muito relacionada à filosofia assistencial do serviço (Monguilhott et al, 2020). Sugere-se ainda que há uma falta de interesse de profissionais e gestores de serviços de saúde na produção da atenção obstétrica e neonatal de melhor qualidade, dificultando a consolidação do uso dos diversos métodos não farmacológicos de alívio da dor como parte da rotina obstétrica.…”