Excesso de peso e variáveis antropométricas de risco cardiovascular em portadoras da síndrome do ovário policístico

Abstract

Objetivo: avaliar a frequência de excesso de peso em mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e associações com o risco cardiovascular. Metodologia: estudo transversal, com 44 mulheres, com diagnóstico de SOP e idade entre 21 e 50 anos. Foram analisadas variáveis antropométricas (Índice de Massa Corporal - IMC, Circunferência da Cintura - CC, Razão Cintura-Quadril - RCQ e Razão Cintura-Estatura - RCEst), sociodemográficas (idade, renda, estado civil, sedentarismo, histórico familiar) e clínicas (presença de Diabetes Melito, Hipertensão Arterial Sistêmica e/ou Irregularidade Menstrual). Os testes estatísticos utilizados para frequências, associações e comparações, foram: Qui-quadrado, Exato de Fisher, F (ANOVA) e Kruskal-Wallis, com nível de significância de 5%. Resultados: a maioria do grupo apresentou obesidade (52,2%) seguido do sobrepeso (25%), RCEst elevado (72,7%), CC elevada (65,9%) e RCQ elevada (68,2%), com valor de P ≤ 0,001; sem patologias crônicas associadas; predominou mulheres jovens (21-39 anos), não brancas, solteiras, residentes no interior do estado, apresentando irregularidade menstrual e sedentarismo. Conclusão: o excesso de peso esteve presente em quase a totalidade da amostra, com todos os índices antropométricos evidenciando risco cardiovascular elevado, sendo a RCEst e a CC superiores ao IMC e RCQ na classificação do risco.

Relação entre anormalidades metabólicas e emagrecimento em mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos

“…Geralmente em mulheres com a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é comum observar a manifestação de hiperinsulinemia, resistência insulínica, síndromes metabólicas, obesidade, mudanças no perfil lipídico, predisposição para diabetes tipo II e hipertensão arterial elevada, com destaque e ênfase na obesidade. Associado aos fatores metabólicos e ao rápido ganho de peso, a qualidade de vida das mulheres é diminuída no que tange os distúrbios psicológicos, além de grande risco do desenvolvimento de apneia do sono (Santos et al, 2019;Coelho et al, 2021).…”