“…Com a Modernidade, em especial ao longo do século XX, a palavra turismo abarcará as viagens motivadas pelo lazer e, ao deslocamento, serão agregados outros fatores constituintes do fenômeno, como o alojamento, a alimentação e o atrativo, entre outros. ISSN 1984-4867 Outro fator a destacar é que as análises críticas do fenômeno turístico em termos de motivações para as viagens dão conta que estas estão associadas a uma visão de mundo e a necessidades européias para os deslocamentos (BARBOSA, 2002;REJOWSKI, 2002;BOYER, 2003), o que não tem impedido que as tipologias e periodizações daí decorrentes sejam, por vezes, adotadas como uma história oficial e universal do Turismo, tendo em vista a hegemonia política dos países onde estes estudos se originam. Partindo-se do pressuposto que o viajar é um fenômeno social e, como tal, pertinente aos modos de viver de diferentes sociedades, é possível questionar que necessidades, urgências e prazeres teriam motivado os deslocamentos em locais fora dos eixos hegemônicos, como, no presente caso, os espaços coloniais e de capitalismo periférico como, por exemplo, o sul do Brasil na primeira metade do século XX. Ou seja, como o imaginário sobre o viajar se constitui em sociedades periféricas.…”