O artigo analisa capas de uma revista brasileira publicada nos anos 1950. Dentre 43 capas da Cacique assinadas pela mesma artista, foram selecionadas 18 para análise. A semiótica discursiva é a base teórico-metodológica, associada a argumentos da sociologia da infância, da técnica da ilustração e da história do impresso. Questiona-se sobre como os temas criança, brincar e brincadeira revelam efeitos de sentido e discursos relacionados ao contexto histórico da publicação. A análise demonstra que as capas transparecem uma infância restrita, com pouco espaço para uma cultura da infância, para brincar e agir criativamente. Reitera-se a importância dos impressos tanto sob a perspectiva da imanência de sentidos no objeto quanto sob a ótica dos efeitos de sentido históricos, sociais e culturais (re)construídos.