Estado nutricional e a incidência de doenças crônicas em idosos: uma revisão integrativa

Abstract

O presente artigo objetivou identificar as evidências cientifícas sobre o estado nutricional e a incidência de doenças crônicas em idosos. Para a seleção da amostra definiu-se critérios de artigos indexados de 2012 a 2020 publicados em periódicos nacionais e internacionais. A coleta de dados foi realizada na base de dados SCIELO, Pubmed e LILACS utilizando os seguintes descritores: idoso, estado nutricional e doença Crônica. A busca resultou em 42 artigos e após utilização dos critérios de inclusão e exclusão, restaram 5 artigos para análise, interpretação e discussão. Observou-se uma elevada prevalência de sobrepeso entre os idosos, especialmente no sexo feminino. Constatou-se ainda que a hipertensão arterial sistêmica foi a doença mais prevalente. Possivelmente esses achados se devem a má qualidade dos hábitos alimentares sugerindo uma relação entre o estado nutricional e a incidência de doenças crônicas em idosos. Ressalta-se, portanto, a necessidade da implementação efetiva das políticas públicas que enfatizem a mudança de hábitos e estilos de vida da população idosa, incluindo a prática de atividade física associada à mudança de hábitos alimentares e acompanhamento nutricional a fim de se adequar as práticas dietéticas na prevenção e controle de doenças crônicas, melhorando a qualidade de vida desse segmento populacional.

A importância de hábitos saudáveis e adequados na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis

“…(Araújo;Farias & Reis, 2022) O consumo frequente de álcool também deve ser relacionado como risco para o desenvolvimento de DCNT. Silva et al, (2020), trazem em seu estudo que o uso do álcool é um hábito que está relacionado ao desenvolvimento de DCNT, além de produzir efeitos deletérios nos jovens que o consomem de forma exacerbada, impactando de forma negativa na vida dos consumidores de distintas formas, tais como o baixo desempenho acadêmico, absenteísmo escolar, gravidez e paternidade indesejadas, acidentes de trânsito, além de maior ocorrência de patologias, como cefaleias, dores osteoarticulares e distúrbios gastrointestinais. Da mesma forma, para Cureau; Duarte & Teixeira, (2019), pode ser feita uma associação da prevalência simultânea de comportamentos de risco para DCNT em universitários de baixa renda.…”

“…De acordo com os estudos de Malta et al, (2020) e Silva et al, (2020), a implementação efetiva das políticas públicas que enfatizem a mudança de hábitos e estilos de vida, incluindo a prática de atividade física associada à mudança de hábitos alimentares, são medidas importantes na prevenção e controle de doenças crônicas com melhoria na qualidade de vida. Fato No cenário atual da saúde brasileira, com as políticas de austeridade fiscal estabelecidas em 2016 e os problemas no enfrentamento de crises sanitárias, como a pandemia de COVID-19, a pesquisa em saúde com foco na identificação daqueles que estão sendo 'deixados para trás' se torna ainda mais relevante.…”