“…Em suma, certamente algumas demandas passarão a ser recorrentes, dentre as quais, cumpre destacar: a forma com a qual o humano se relacionará com os bens presentes no mundo, a emergência da questão climática, os sinais de esgotamento que a terra vem apresentando ao redor do globo, até demandas que giram acerca das escolhas políticas futuras. Essas questões emergentes requerem que a razoabilidade e o bom senso imperem, e que posicionamentos contrários ao saber científico e, de cunho negacionastas, que ainda corroboram para o aniquilamento de tantas vidas, não se perpetuem no exercício efetivo de poder e de governança estatal, sob pena de se seguir alimentando a máquina biotanatopolítica 44 que tritura vidas, paralisa sonhos e histórias, vozes que foram emudecidas, mas que ecoam, que exigem o exercício do rememorar, enquanto antídoto à produção do medo, da danificação da vida e, em última instância, da morte.…”