Escala de Estratégias de Aprendizagem: evidências de validade em contexto universitário híbrido

Abstract

ResumoInstrumentos capazes de identificar e mensurar as estratégias de aprendizagem empregadas por alunos em cursos a distância ou híbridos assumem grande relevância, considerando a ampliação da modalidade. Objetivou-se adaptar e verificar as evidências de validade de um instrumento de estratégias de aprendizagem em instituição de ensino superior. Participaram do estudo, presencial ou virtualmente, alunos de uma universidade particular no interior paulista, que realizavam disciplinas semipresenciais. Foram realizadas análises fatoriais exploratórias e de consistência interna. A escala possui quatro fatores: estratégias cognitivas (15 itens, α=0,90); controle da emoção (4 itens, α=0,77); estratégias autorregulatórias (7 itens, α=0,86); e busca de ajuda interpessoal (3 itens, α=0,68). Esta estrutura difere empiricamente das encontradas em estudos existentes com a medida. Sugere-se a sua aplicação em contextos e amostras diferentes, sobretudo, em ensino superior 100% a distância, em futuras pesquisas. Palavras-chave: Educação a distância; Instituições de ensino superior; Estratégias de aprendizagem. Scale of Learning Strategies: validity evidences in hybrid higher education context AbstractInstruments to identify and measure learning strategies used by students in distance and hybrid courses are very important, considering the expansion of e-learning. The objective was to adapt and verify the evidences of validity of an instrument of learning strategies in higher education institutions. Students of a private university in the state of São Paulo who were enroled in blended learning disciplines participated of this study, in person or remotely. Exploratory factor and internal consistency analisys were conducted. The scale has four factors: cognitive strategies (15 items, α=0.90), emotion control (4 items, α=0.77), self--regulatory strategies (7items, α= 0.86) and interpersonal help seeking (3 items, α=0.68). This structure differs empirically from those found in others studies with the scale. Future research should use it in different contexts and samples, especially in a 100% distance higher education course. Keywords: Distance education; Higher education institutions; Learning strategies. Escala de Estrategias de Aprendizaje: evidencias de validez en contexto universitario híbrido ResumenInstrumentos para identificar y medir las estrategias de aprendizaje utilizadas por estudiantes en los cursos a distancia e híbridos son de gran importancia, teniendo en cuenta la expansión de la educación a distancia. El objetivo fue adaptar y verificar las evidencias de validez de un instrumento de estrategias de aprendizaje en una institución de enseñanza superior. Participaron del estudio, de forma presencial o virtual, estudiantes de una universidad privada del estado de São Paulo, que realizaban disciplinas semipresenciales. Fueron realizados análisis factoriales exploratorios y de confiabilidad. La escala tiene cuatro factores: estrategias cognitivas (15 ítems, α=0,90), control de las emociones (4 ítems, α=0,77), estrategias...

Learning strategies scale: adaptation to Portuguese and factor structure

“…The four-factor solution presents theoretical sense, having been found in a previous study (Martins & Zerbini, 2014), but with a different grouping of some learning strategies. The four factors are the learning strategies of cognitive and help-seeking, emotion control, elaboration-practical application, and motivation control.…”

“…Previously in Brazilian studies, based on Warr and Downing's scale, a 28-item version (seven-factor structure, .75 < α < .89) without the self-regulatory strategies was used by Zerbini and Abbad (2008) to evaluate an open distance course; then, it was adapted again (29-item version, four-factor structure, .68 < α < .90) to fit a higher education context (Martins & Zerbini, 2014). The maintenance of the good psychometric properties of these scales supports the decision of excluding items from the original scale, keeping their validity evidences.…”

“…Moreover, once most of research focus on traditional educational contexts, outcomes have been limited to learning or only indirectly tested relationships to transfer (Burke & Hutchins, 2007). An important line of research on training and learning strategies exists in Brazil (Borges-Ferreira, 2005;Brandão & Borges-Andrade, 2011;Martins & Zerbini, 2014;Pantoja & Borges-Andrade, 2009;Zerbini & Abbad, 2008); nevertheless, the translated instruments are not validated, since mainly exploratory research was conducted; besides, there are no valid and reliable scales for online training.…”

Impacto do treinamento no trabalho: determinantes individuais e contextuais em cursos corporativos a distância

“…As estratégias de aprendizagem também são estudadas como maneiras pelas quais os indivíduos adquirem novos conhecimentos, habilidades e atitudes no ambiente de trabalho, como por exemplo: por meio de cursos e programas de treinamento, ao trabalhar com ou observar outras pessoas, tentativa e erro, lendo ou pesquisando, refletindo sobre ações, feedback e replicação (Crouse, Doyle & Young, 2011 (Ford & Kraiger, 1995;Holladay & Quinones, 2003;Warr & Allan, 1998) -e a necessidade de aprofundar as discussões sobre as estratégias de aprendizagem em contextos de EAD, especialmente as estratégias autorregulatórias, que vêm sendo apontadas como diferenciais para se estudar e aprender a distância (Martins & Zerbini, 2014b), auxiliando mais no aprendizado de novos conteúdos entregues virtualmente do que as cognitivas e comportamentais -embora haja ainda uma grande lacuna entre a investigação desses processos metacognitivos e as habilidades de autogerecenciamento dos treinandos (Burke & Hutchins, 2007;Grossman & Salas, 2011) -levaram a testar as seguintes hipóteses:…”

Preditores da aprendizagem e instrumentos de transferência de treinamento: um estudo com profissionais da saúde pública

“…Muitos estudos demonstram que as estratégias de aprendizagem são significativamente importantes, especialmente para as ações de e-learning (Badia & Moreneo, 2010;Martins & Zerbini, 2014). Segundo Moraes (2016) os alunos que fazem mais uso das estratégias de aprendizagem autorregulatórias, bem como das estratégias comportamentais e valorizam mais os aspectos do ambiente nos quais realizam os seus estudos tendem a não evadir do curso e apresentar maior nível de aprendizagem.…”