A piscicultura é um dos setores que mais crescem no mundo, em função da demanda crescente por proteína animal e contribuição para a segurança alimentar. Assim, este estudo tem como objetivo analisar o desenvolvimento da atividade de piscicultura no estado de Mato Grosso no aspecto relativo à produção e comercialização de peixes em cativeiro entre os anos de 2013 e 2019. Para isso, adotou-se a abordagem quantitativa descritiva, a partir de dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso. Foram registrados em 2019, 2147 empreendimentos distribuídos em 137 dos 141 municípios do Estado. Nota-se que houve redução da produção entre o período analisado. No mesmo período, apresentou oscilações no valor agregado a piscicultura de 15% a 30%. A piscicultura desenvolve-se em sistemas intensivo (31,8%), super intensivo (29,1%), semi-intensivo (23,3%) e extensivo (15,8%), sendo produzidos 17 espécies de peixes, em que o tambacu/tambatinga são os principais; e as fontes de água são de 44,5% de ambiente lótico e 23,2% de ambiente lêntico. Quanto ao descarte dos efluentes ocorrem no córrego (54,4%), rio (20,3%) e várzea (26,3%). Nesse cenário, evidencia-se a necessidade de diálogo entre os piscicultores, órgão público ou privado para o crescimento da atividade no estado. Espera-se que atividade seja considerada como uma alternativa para o abastecimento do mercado interno, não retirando a necessidade do abastecimento via pesca artesanal, o qual deve ser amplamente difundido.